O estádio Governador Magalhães Pinto, popularmente conhecido como “Mineirão”, foi palco de mais um dos brilhantes festivais musicais que encantam a capital do estado de Minas Gerais. No último sábado, 26, foi a vez do Festival Sarará colocar em jogo a acertada mistura de cultura musical e expressão artística em quatro palcos ocupados por grandes nomes da música brasileira.
Em sua 10ª edição, o festival assumiu a missão de fazer história em Belo Horizonte, atraindo os olhares e encantando os corações de pessoas de todos os cantos do país. Logo em sua abertura, a produção deu o nome exibindo um Vídeo manifesto, abordando a essência do evento: o despertar para o reencontro. As imagens trouxeram à tona a reflexão sobre a conexão entre pessoas de todos os credos, de várias cores, com todas as orientações sexuais, todos com a mente aberta para um futuro potente.
A estrutura do festival disponibilizou dentre outras ações, um espaço para promoção do autocuidado pautado nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), com orientações para a redução do consumo de bebida alcóolica e outras substâncias, uso de preservativos (com distribuição gratuita), ingestão regular de água. Garantias de acesso a pessoas com mobilidade reduzida e outras necessidades especiais também se fizeram presentes, tornando o Sarará definitivamente inclusivo.
No line-up, a valorização da cultura local foi marca registrada. Nomes como “WS da Igrejinha”, “Mc Rick” e o Bloco carnavalesco “Então Brilha” fizeram a festa da galera que marcou presença na esplanada do Gigante da Pampulha. Fat Family, Jorge Aragão, Urias, Júlia Mestre, Lagum, Rubel, Mc Carol, Johnny Hooker e Timbalada deram o nome com as potentes vozes que possuem.
Como destaque, para encerrar com chave de ouro, a encantadora Marisa Monte transformou o público presente em um grande coral, que fez ecoar célebres canções como “Ainda Bem”, “Infinito Particular” e “Vilarejo”. A cantora carioca que fez parte dos “Tribalistas”, convidou Arnaldo Antunes para potencializar ainda mais o momento. Juntos, rememoraram sucessos do trio, que também conta com a participação do baiano Carlinhos Brown. “Velha Infância”, e “Já sei namorar”, foram literalmente, os pontos altos deste encontro.
Nem tudo São Flores – E o vento “quase” levou:
Assim como na vida cotidiana, nem tudo é perfeito. Alguns imprevistos (ou não) fizeram com que o bom andamento do festival fosse prejudicado. Fortes ventos quase arrancaram parte da decoração dos palcos, a chuva intensa quase deu cabo a animação dos presentes e ainda fez com que a iluminação do palco desaparecesse durante a apresentação de Jorge Aragão.
Apesar de a previsão do tempo ter promovido alertas sobre a possibilidade da ocorrência de chuva, não havia abrigo para os participantes se esconderem. A pouca estrutura do entorno do estádio, serviu como socorro para aqueles que conseguiram se amontoar para fugir do aguaceiro que caiu em “beagá”.
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A imprensa também encontrou percalços para ter acesso ao “pit”, em frente ao palco. Ao que parece, os seguranças que cuidavam da entrada não estavam informados corretamente quanto as cores das pulseiras entregues no ato do credenciamento, barrando boa parte dos repórteres presentes (inclusive oque esta subscreve). Muito diálogo e paciência foi preciso.
Apesar dos pesares, como cantou Marisa, “ainda bem” que houve o Sarará!