A Policlínica Estadual de Posse promoveu uma ação de combate à dengue, conduzida pela enfermeira Thaise Ynara Ribeiro, em parceria com a colaboradora Maria Luzia, para orientar colaboradores e pacientes da unidade de saúde sobre o tema. Elas ressaltaram a importância de combater a doença e ressaltaram que a conscientização é fundamental para evitar a disseminação da dengue.
As profissionais recomendaram que, pelo menos uma vez por mês, é preciso realizar as seguintes ações: “Verifique se a caixa d´ água da sua casa está bem tampada, deixe as lixeiras bem tampadas e em locais cobertos, se tiver plantas em casa não esqueça de colocar areia nos pratos e limpar calhas e não acumular sucata e entulho”, reforçaram.
O vírus da Dengue é transmitido pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada acumulada nos quintais e dentro das casas. Existem quatro tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4. Todos podem causar as diferentes formas da doença.
“Caso sinta algum dos sintomas, como febre alta/ e ou persistente, diarreia e/ou dor forte na barriga, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas, dores de cabeça ou atrás dos olhos, mal-estar procure imediatamente uma unidade de saúde e evite tomar medicamentos por conta própria.
É fundamental buscar atendimento médico adequado para avaliação e tratamento dos sintomas da doença”, disseram.
A partir de 2014, seguindo a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil passou a utilizar a nova classificação da Dengue. Na obra “Dengue: diagnóstico e manejo clínico - adultos e criança”, a Secretaria de Vigilância em Saúde/MS revisou e atualizou o protocolo da doença. Nele, foi dada ênfase ao conceito de que “a Dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica, de amplo espectro clínico”, que pode apresentar ou não sintomas.
Segundo as palestrantes, em alguns casos, a ausência de sintomas faz com que a doença passe despercebida; em outros, ocorrem complicações graves que podem levar a óbito. “Essas diferenças marcam as diferentes apresentações da doença: clássica, hemorrágica e com complicações”, comentaram.
Depois de muitos anos sem registro de nenhum caso de contaminação, o sorotipo 4 voltou a circular em alguns estados do Brasil. Especialmente as crianças e os jovens não desenvolveram imunidade contra ele. Por isso, e para evitar a dispersão desse vírus, o Ministério da Saúde determinou que todos os casos suspeitos de Dengue 4 sejam considerados de comunicação compulsória às autoridades sanitárias no prazo de 24 horas.