O Ministério da Saúde lançou na última terça-feira, 6, uma campanha nacional para o carnaval de 2024 alertando sobre a importância do uso da camisinha para prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A campanha conta com o slogan ‘Carnaval, respeito e proteção #TemQueTer’.
As ISTs são transmitidas, principalmente, através de relações sexuais sem o uso de preservativo masculino ou feminino. A ginecologista e sexóloga Joice Lima explica que algumas infecções podem não ter sintomas, ficando incubadas por dias, meses ou anos
"O indivíduo tem o vírus ou bactéria, mas não manisfesta em forma de sintomas e é justamente por isso que falamos infecção e não doença", esclarece Joice.
Os sintomas são variáveis para cada infecção, podendo aparecer desde corrimentos, dor em região genital e pélvica, verrugas em vulva, vagina, colo do útero, região perianal e manchas no corpo. Algumas lesões em forma de úlceras também são comuns em casos como a sífilis.
O Ministério da Saúde também incentiva o uso do Prep. Com o objetivo de possibilitar uma vida sexual ativa e segura para todos, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o comprimido de forma gratuita. O método previne a exposição ao vírus HIV e pode ser utilizado antes e depois das relações, evitando assim o contágio.
Joice comenta que há um aumento das demandas após o período do carnaval e que infecções como gonorreia, herpes e sífilis que possuem um período de incubação curto e manifestam sintomas mais rápidos, são as mais comuns de levarem o indivíduo a procurar atendimento médico.
Exames e tratamento
O ideal é realizar exames de rastreamento de ISTs a cada 6 meses. Na consulta são solicitados exames de sangue para HIV, HTLV, hepatites B e C e Sífilis. Nas mulheres, a coleta da prevenção pode ser realizada em meio líquido anualmente ou quando houver sintomas, o que permite rastrear também HPV, herpes e clamídia
O tratamento de algumas ISTs como a clamídia são de dose única. Em outros casos, o tratamento pode ser prolongado e se estender por alguns dias, meses ou anos, como é com o HIV, vírus causador da Aids.
"Tratar os parceiros é fundamental para interromper a cadeia de transmissão. É necessário o acompanhamento periódico através de exames de sangue e outros, para controle da infecção e doença, alerta Joice Lima.
A sexológa também orienta que brinquedos eróticos devem ser adequadamente higienizados e não devem ser compartilhados.