O senador bolsonarista, Jorge Seif (PL/SC), protagonizou um momento no mínimo controverso durante a última sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro. O parlamentar “chorou” enquanto chamava o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes de “covarde”.
Dutra era o comandante do Comando Militar do Planalto (CMP) e chefiava o quartel-general do Exército da capital federal, Brasília, quando da ocorrência dos acampamentos de pessoas apoiadoras do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Os acampados, ocuparam as portas de quartéis por todo o país clamando por uma intervenção militar que impedisse a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O comandante foi acusado por Seif de ser o responsável por “entregar” os chamados “manifestantes” para a prisão. O parlamentar apresentou durante a sessão da última quinta-feira, 14, imagens dos golpistas pedindo que as forças armadas “salvassem o Brasil”, e afirmou que o general se omitiu diante do que chamou “clamor do povo”.
“O senhor tem coragem agora de chamar essas pessoas que clamavam por vocês, clamavam por justiça, de criminosos, general?” indagou Senador Jorge Seif (PL/SC)
Durante a oitiva, o General Dutra pontuou por diversas vezes que apenas cumpriu ordem judicial exarada para que se prestasse apoio às demais forças policiais que atuariam no dia 9 de janeiro.
“Houve os atos do dia 8, as pessoas, algumas delas, retornaram para a praça, houve uma ordem judicial do Supremo Tribunal Federal, o Exército recebeu a incumbência de auxiliar as forças de segurança pública na desmontagem e desocupação do acampamento e na prisão em flagrante das pessoas e condução por parte da segurança pública para a triagem” General Dutra
Dutra esclareceu ainda que, a execução da primeira tentativa de desmobilização e desmonte do acampamento golpista, ainda em dezembro de 2022, foi impedida por ações do então comandante do Exército, General Freire Gomes.
“O comandante do Exército estava acompanhando, viu que o clima na praça havia ficado mais tenso. Ele me perguntou o que estava acontecendo, eu expliquei, e ele determinou que a operação fosse cancelada com a presença da PM e continuasse somente com o Exército, como estava previsto” General Dutra