Em uma entrevista concedida a um pool de rádios dos estados da Amazônia nesta quinta-feira (3/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reafirmou seu compromisso com a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas pela Petrobras.
O estudo realizado pela estatal foi embargado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em maio, devido ao não cumprimento das exigências ambientais.
Durante a entrevista, Lula destacou que o estudo do Ibama não é definitivo, e que a Petrobras tem o direito de corrigir as falhas técnicas apontadas. Ele ressaltou a importância de continuar pesquisando para determinar se a região possui o potencial esperado e, caso seja confirmado, tomar uma decisão responsável sobre a exploração, levando em consideração a preservação do meio ambiente.
Em junho, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa não irá apressar a reavaliação que o Ibama fará sobre a exploração na foz do Rio Amazonas. Após ter seu primeiro pedido negado, a estatal aguarda uma nova resposta do órgão ambiental sobre o pedido de licenciamento para perfurar um poço de petróleo no litoral norte do Amapá.
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Lula ressaltou a necessidade de cautela no processo e mencionou que as propostas apresentadas pelo Ibama serão consideradas pelo governo e pela Petrobras. Ele enfatizou que todos os cuidados devem ser tomados para evitar qualquer desastre que possa prejudicar a região costeira do Oceano Atlântico na Amazônia.
O objetivo da Petrobras é perfurar um poço de exploração para verificar a existência de petróleo e gás natural na foz do Rio Amazonas, localizada a cerca de 160 km da costa do Oiapoque, extremo norte do Amapá, e a 500 km da foz do Rio Amazonas. A estimativa é de que o empreendimento custe cerca de R$ 3,4 milhões por dia, considerando os equipamentos e estruturas necessárias para a operação na região.
Em maio, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, negou o pedido da Petrobras, alegando a necessidade de uma Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) para as bacias sedimentares antes de iniciar a perfuração do poço exploratório.
A Petrobras e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, contestam a exigência, afirmando que não é necessária. Silveira ressaltou que a discussão sobre a AAAS não deve impedir o desenvolvimento econômico com equilíbrio ambiental.
A Petrobras aguarda a resposta do Ibama sobre o pedido de licenciamento e continuará dialogando com o órgão ambiental para avançar no processo de exploração na foz do Rio Amazonas.