A Deputada Federal Carla Zambelli (PL/SP), fiel apoiadora do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, processou o jornalista Luan Araújo, o mesmo homem que ficou conhecido após ser perseguido por Zambelli com uma arma apontada para si um dia antes do segundo turno das últimas eleições. A parlamentar, acusa o jornalista do cometimento do crime de difamação após a publicação de um texto contendo críticas a ela.
Zambelli apresentou queixa-crime contra Luan após a divulgação do texto jornalístico no site Diário do Centro do Mundo, no qual ele afirma que a deputada teria como seguidores “uma seita de doentes de extrema direita”.
"Zambelli, que diz estar com problemas, na verdade está na crista da onda. Continua no partido pelo qual foi eleita, segue com uma seita de doentes de extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades"
Na Publicação, Luan aponta diversos fatores que o afetaram diretamente após o fatídico ocorrido com Zambelli, ele argumenta que viu sua vida “virar de cabeça para baixo”, além de afirmar que a deputada se valeu da ocasião para fazer o “clássico picadeiro da extrema direita”.
"para ela, uma mulher branca com conexões com pessoas poderosas, foi apenas mais um espaço para fazer o picadeiro clássico de uma extrema direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte".
O Ministério Público recomendou que o caso fosse arquivado, no entanto, o juiz Fabrício Reali Zia, titular da vara do Juizado Especial Criminal de São Paulo se manifestou contrariamente ao entendimento do MP, e determinou a realização de audiência para apreciação dos fatos. Houve concessão de medida cautelar em favor da deputada, na qual o magistrado determina que o texto em questão seja retirado no site onde fora publicado em um prazo máximo de 48 horas.
De acordo com a defesa da parlamentar, ela foi ofendida e a ação teria como propósito por fim ao que chamaram de “discurso de ódio”.
Relembre a polêmica:
A Deputada Federal Carla Zambelli (PL/SP), foi flagrada apontando uma arma para Luan Aaraújo. O fato ocorreu em outubro de 2022, um dia antes da realização do segundo turno das eleições presidenciais, na região das ruas Joaquim Eugênio de Lima e alameda Lorena, na cidade de São Paulo.
Nos registros, é possível ver a parlamentar atravessando a rua com a arma, uma pistola Taurus G3C em punho, perseguindo o jornalista, inclusive dentro de um bar repleto de outras pessoas, sob a alegação de ter sido ofendida, agredida e empurrada por ele. A versão da deputada, porém, é desmentida pelas imagens.