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MPDFT pede oito anos de prisão para radicais por terrorismo perto de aeroporto

O ministério pede que a pena dos três envolvidos seja aumentada em um terço

Imagem ilustrativa da imagem MPDFT pede oito anos de prisão para radicais por terrorismo perto de aeroporto

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios reforçou o pedido de condenação dos três acusados pela tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília. O processo a que Alan Diego dos Santos Rodrigues, Wellington Macedo De Souza e George Washington de Oliveira Sousa respondem na Justiça Federal do Distrito Federal pode resultar em uma sentença de três a seis anos de prisão e multa.

Neste domingo, 9, a Promotoria apresentou alegações finais no bojo da ação penal que tramita na 8ª Vara Criminal de Brasília. Trata-se da última manifestação do MP antes de o juiz responsável pelo caso prolatar sua sentença.

O trio foi denunciado pelo crime de explosão - 'expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos'.

O MP ainda pede que a pena dos réus, em caso de condenação, seja aumentada em um terço, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.

George Washington também foi acusado de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, em razão do arsenal apreendido em seu poder.

O trio se tornou réu perante a Justiça do DF em janeiro. Na ocasião, o juiz Osvaldo Tovani, da 8ª Vara Criminal de Brasília, considerou que a denúncia do MPDFT preenchia os requisitos previstos no Código de Processo Penal, havendo 'justa causa' para abertura da ação penal contra os acusados.

A investigação sobre o caso começou após a Polícia Militar do Distrito Federal encontrar, no dia 24 de dezembro, uma bomba na Estrada Parque Aeroporto, próximo do Aeroporto Internacional de Brasília. O objeto estava à margem da pista de rolamento, no gramado de um canteiro central. No mesmo dia, George Washington de Oliveira Sousa foi preso e confessou ter armado o artefato, alegando que queria "provocar o caos" em protesto contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.

Como mostrou o Estadão, George Washington - que se diz gerente de quatro postos de gasolina, recebendo entre R$ 4 mil e R$ 5 mil por mês - afirmou à Polícia que gastou mais de R$ 160 mil com um arsenal - pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições - que levou do Pará à Brasília com a intenção de 'provocar intervenção das Forças Armadas'. O auto de apreensão dos objetos localizados pelos policiais em posse do preso listou um fuzil, duas espingardas, cinco bananas de dinamite, revólveres, pistolas e mais de mil munições, de diferentes calibres.

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