O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu novamente nesta sexta-feira (8) com ministros e a equipe econômica do governo para discutir a contenção de despesas do Executivo. Na quinta-feira (7), Lula e seus conselheiros deliberaram por mais de cinco horas, mas a reunião terminou sem uma decisão concreta sobre onde os cortes serão aplicados. Embora as áreas a serem impactadas não tenham sido anunciadas, há sinais de que setores específicos, como saúde, educação e trabalho, podem sofrer ajustes. Participaram da reunião ministros como Nísia Trindade (Saúde), Camilo Santana (Educação) e Luiz Marinho (Trabalho), além de Geraldo Alckmin (vice-presidente) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).
Conflitos sobre possíveis alterações em benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e o abono salarial, geraram tensões entre os ministros. O titular do Trabalho, Luiz Marinho, manifestou descontentamento ao não ser incluído em reuniões iniciais, o que levou a novas conversas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O plano de cortes será discutido também com o Congresso antes de ser oficializado, em um esforço para assegurar apoio político ao ajuste orçamentário.