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Gustavo Gayer é alvo de cassação após declaração racista

.O deputado insinuou que "ditaduras na África são resultado de QI inferior ao de macacos"

Imagem ilustrativa da imagem Gustavo Gayer é alvo de cassação após declaração racista

O deputado federal Gustavo Gayer (PL), virou alvo de cassação após, causar uma forte controvérsia ao proferir comentários ofensivos sobre os países africanos e a população brasileira, durante um podcast na última sexta-feira, 23.

Durante a entrevista, Gayer afirmou que os países africanos não possuem "a mínima capacidade cognitiva", demonstrando um claro viés discriminatório em relação aos países do continente africano. Além disso, ele dirigiu-se à população brasileira, afirmando que esta também estava "seguindo o mesmo caminho" e que estava "emburrecida".

Na conversa, o youtuber presente expressou a opinião de que o Quociente de Inteligência (QI) da população poderia ser inferior ao dos macacos. Ele mencionou especificamente que alguns macacos possuem um QI de 90, enquanto o QI médio na África é de 72. Essa afirmação provocou comentários sugerindo que a suposta falta de "capacidade cognitiva" poderia ser um fator contribuinte para o surgimento de ditaduras no continente.

"Aí você vai ver na África: quase todos os países lá são ditadores, quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter democracia você tem de ter um mínimo de capacidade cognitiva para entender entre o bom e o ruim, entre o certo e o ruim. . O Brasil tá desse jeito. O Lula chegou na presidência e o povo burro tá 'êh, picanha e cerveja'", disse Gayer.

As deputadas federais Duda Salabert (PDT-MG) e Tabata Amaral (PSB-SP) anunciaram que, em resposta à repercussão das declarações, planejam apresentar um pedido de cassação de Gayer ao Conselho de Ética. A solicitação será feita com base nos princípios éticos e normas parlamentares.

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, também tomou medidas ao enviar um pedido de providências aos órgãos competentes, incluindo o Ministério da Justiça, a Polícia Federal (PF), a Câmara dos Deputados e a Procuradoria Geral da República (PGR), contra Gayer. Essas medidas foram tomadas devido às declarações racistas proferidas pelo deputado contra africanos

Silvio Almeida acionou os órgãos competentes e compartilhou vídeos em que "um deputado federal bolsonarista proferiu declarações discriminatórias contra brasileiros, africanos e membros dos Três Poderes da República".

Gustavo Gayer se defendeu das críticas, alegando que suas declarações foram tiradas de contexto. Ele explicou que a referência ao QI mais baixo na população africana estava relacionada à subnutrição, que afeta a educação e o conhecimento. Além disso, o deputado insinuou que ditadores deliberadamente perpetuam essa situação.

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