O Ministério da Justiça e Segurança Pública irá destinar R$ 150 milhões para intensificar as rondas e patrulhamentos em escolas. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, em declaração nesta quarta-feira, 6, o recurso será distribuído para Estados e municípios por meio de edital. O valor será transferido do Fundo Nacional de Segurança Pública.
A decisão para o reforço nas rondas e patrulhamentos em escolas foi tomada em resposta a um massacre em uma creche na cidade de Blumenau, em Santa Catarina, na manhã desta quarta-feira, 5, que resultou na morte de quatro crianças entre 5 e 7 anos de idade.
“O Ministério da Justiça e Segurança Pública vai fortalecer o apoio às rondas escolares, patrulhas escolares. Isso será feito por intermédio de um edital que nós vamos conversar com o ministro Camilo [Santana, Ministro da Educação] e com os secretários estaduais de Segurança”, afirmou Dino.
Conforme declaração de Flávio Dino, o edital será divulgado na próxima semana. Ele ressaltou que a iniciativa é uma medida emergencial do governo, e que o propósito é fortalecer as guardas municipais e o policiamento para prevenir ataques em ambientes escolares, como o ocorrido em uma creche de Blumenau na quarta-feira, 5, e em uma escola de São Paulo, no dia 26 de março, na qual uma professora de 71 anos morreu.
“Na semana passada, quando ocorreu o episódio em São Paulo, nós tínhamos nos reunido para construir uma proposta interministerial para discutir ações para o enfrentamento à violência nas escolas brasileiras”, afirmou o ministro.
Além dos recursos destinados ao reforço das rondas, o governo irá criar um grupo entre ministérios para debater uma política nacional para combater a violência nas escolas.
"Precisamos de regulações governamentais, em nível de decretos, projetos de lei, mas nós precisamos também da chamada autorregulação, protocolos. Eu, particularmente, acho que uma mega divulgação de exposição, cartas, documentos, e-mails e imagens acabam estimulando que outras pessoas repitam esse procedimento, porque funciona como uma espécie de gatilho", completou o ministro da Justiça.