
Jair Bolsonaro (PL) deverá ser submetido a uma cirurgia neste domingo (13), em Brasília. A decisão foi tomada após exames clínicos apontarem agravamento no seu estado de saúde, segundo informações de aliados.
De acordo com relatos, Bolsonaro apresenta novos pontos de obstrução intestinal. Essa condição é uma sequela comum em pacientes submetidos a múltiplas intervenções na região abdominal. Desde que foi alvo de um atentado a faca durante a campanha eleitoral de 2018, o ex-presidente já passou por cinco procedimentos cirúrgicos abdominais.
Na última sexta-feira (11), Bolsonaro foi internado em Natal (RN) após sentir dores durante um evento que pedia anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. No mesmo evento, o ex-presidente também se manifestou em defesa de si próprio. Ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de incentivar tentativas de se manter no poder após a derrota nas eleições presidenciais de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A transferência para Brasília ocorrerá por meio de uma UTI aérea, que foi decidida por sua esposa, Michelle Bolsonaro. A ex-primeira-dama também optou pelo hospital DF Star, na capital federal, vetando o encaminhamento do ex-presidente para São Paulo, como defendiam alguns aliados.
“O presidente está bem, lúcido, estável, tranquilo”, afirmou no sábado (12) o ex-ministro e senador Rogério Marinho (PL-RN), que esteve ao lado de Bolsonaro em Natal. No entanto, tanto ele quanto o boletim médico divulgado pelo hospital onde Bolsonaro foi inicialmente atendido não mencionaram a possibilidade de cirurgia.
Segundo uma fonte com conhecimento da situação, a decisão final sobre a realização do procedimento será tomada após novos exames, embora aliados já considerem a operação como certa.
Caso a cirurgia seja confirmada, o procedimento será realizado pelo médico Claudio Birolini, especialista em reconstrução abdominal do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Desde o atentado sofrido em 2018, o acompanhamento da saúde de Bolsonaro vinha sendo conduzido por Antonio Luiz Macedo, também de São Paulo. Ele chegou a ser consultado pelo ex-ministro Gilson Machado, que estava com Bolsonaro no momento em que o ex-presidente passou mal no interior do Rio Grande do Norte, mas não foi chamado para acompanhar o caso em Brasília.