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Três presos suspeitos por estupro, cárcere privado e tortura em clínica clandestina

Foram revelados diversos abusos sofridos na clínica. Entre os internos, havia um menor de idade que, segundo relatos, era a principal vítima de tortura

Imagem ilustrativa da imagem Três presos suspeitos por estupro, cárcere privado e tortura em clínica clandestina

Três homens foram presos em ação policial que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão contra suspeitos de praticarem crimes de tortura, cárcere privado, estupro de vulnerável e furto, nesta manhã de terça-feira, 16, nos municípios de Pontalina, Caldas Novas, Abadia de Goiás e Acreúna. Dois suspeitos ainda não foram encontrados.

De acordo com a Polícia Civil (PCGO), os investigados, que atuavam como "funcionários" de uma clínica clandestina de reabilitação, exerciam funções de autoridade e guarda no local, onde diversos abusos e práticas criminosas foram constatados. A ação faz parte da Operação Help da Polícia Civil (PCGO), que começou após a prisão em flagrante do proprietário de uma clínica de recuperação clandestina.

Durante a prisão, diversas vítimas foram ouvidas, onde foram revelados diversos abusos sofridos na clínica. Entre os internos, havia um menor de idade que, segundo relatos, era a principal vítima de tortura. As investigações constataram a prática de vários crimes, incluindo negligência alimentar e de saúde, além de punições cruéis.

As investigações sobre as práticas incluíam o uso de uma "cela de castigo" – uma sala com grades e cadeados onde os internos eram mantidos por dias consecutivos como forma de punição. As vítimas descreveram um ambiente de constantes ameaças, torturas e humilhações.

Segundo informações da polícia, os investigados foram identificados como Lucas, que responde por dois crimes de tortura e um de cárcere privado qualificado; Rafael, que responde por dois crimes de tortura, um de cárcere privado qualificado e um de furto qualificado; Mateus, que responde por um crime de tortura e um de furto qualificado; Joaquim, que responde por três crimes de tortura, um crime de estupro de vulnerável e um crime de cárcere privado qualificado; e André, que responde por um crime de tortura majorada. Há ainda um investigado que responde por um crime de tortura por omissão e também por um crime de sequestro e cárcere privado.

De acordo com a delegada Tereza Nabarro, “maior parte desses investigados já possui uma ampla ficha criminal, com antecedentes de homicídio, tráfico, associação ao tráfico e roubo. A segregação foi considerada necessária devido à personalidade criminosa habitual desses indivíduos. As investigações seguem no sentido de localizar o maior número possível de vítimas para que os envolvidos sejam responsabilizados por seus crimes.”


		Três presos suspeitos por estupro, cárcere privado e tortura em clínica clandestina
– Foto: Divulgação PCGO

A delegada esclareceu que nem todas as vítimas foram localizadas, nem mesmo as testemunhas e que por esse motivo em despacho da autoridade competente, foi precedida a divulgação da imagem dos presos e a indicação dos registros criminais pelos quais responderão.

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