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Policial penal é baleado em SP, a caminho do trabalho

O policial penal foi socorrido para o Hospital Municipal de Parelheiros

Policial penal é baleado em SP, a caminho do trabalho Viaturas chegando ao local foto: Reprodução/Internet

Um policial penal foi baleado na manhã desta segunda-feira (28) no Grajaú, na zona sul de São Paulo. Ele trabalha na penitenciária onde uma carta que revela plano do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar agentes prisionais foi interceptada.

O agente Eduardo Camargo, 41, levou três tiros nas costas a caminho do trabalho. Ele atua na unidade de Parelheiros, também na zona sul da capital.

O policial penal foi socorrido para o Hospital Municipal de Parelheiros. Eduardo foi atingido na nádega e na região da bacia, e passa por cirurgia. O estado de saúde dele não foi informado.

Os criminosos levaram a arma do policial penal e pertences pessoais. A moto do agente também foi roubada. O crime ocorreu em uma região de mata na avenida Paulo Guilguer Reimberg.

Tentativa de execução. O UOL apurou que, devido à abordagem dos criminosos, a suspeita é de que a ação não se trata de um assalto e, sim, tentativa de execução.

Polícia Civil investiga o caso como tentativa de latrocínio. O local do crime permaneceu preservado para perícia.

PCC PLANEJA ATENTADOS EM REPRESÁLIA A SUPOSTA OPRESSÃO EM PRISÕES FEDERAIS

Comunicado do PCC foi apreendido em diversas unidades prisionais. A carta atribuída ao PCC ordena o levantamento de endereços de policiais penais. A motivação dos possíveis ataques aos policiais penais seria em represália à opressão que os líderes da facção criminosa estariam sofrendo no sistema prisional federal. A cúpula da organização foi removida para presídios federais em fevereiro de 2019, a pedido do Gaeco de Presidente Prudente.

O "salve", como é chamado o recado do PCC aos faccionados presos e em liberdade, tem data de 17 de setembro deste ano. O documento diz que é para fazer o levantamento de dados, como o endereço e até mesmo a rotina de agentes penitenciários, sendo ao menos dois por cada unidade.

O bilhete é assinado pela "sintonia final". Segundo o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) é formado pela cúpula da organização criminosa. Há ainda a citação de que haverá represálias, mas não explica os motivos.

Escrito à caneta e um pedaço de papel, uma das nove linhas traz um trecho ameaçador. O comunicado deixa claro que providências contra os policiais penais serão tomadas à altura e que a "sintonia final" aguarda o levantamento dos dados em 30 dias em caráter de urgência.

Uma fonte do MP-SP afirmou à reportagem que o "salve" chegou a várias unidades prisionais espalhadas pelo estado. O recado foi transmitido em forma de bilhete porque os bloqueadores de telefone celular estão funcionando nos principais presídios do estado.

Sindicato está em alerta. O Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) vê com preocupação a ameaça feita contra a categoria. Os policiais penais estão em alerta e redobraram os cuidados para evitar possíveis ataques. Segundo Fábio Jabá, presidente da entidade, os policiais penais não têm colete a prova de bala, não podem usar arma nem em serviço e acabaram tornando-se alvos fáceis.

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