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O cenário do júri popular que se desenrola em Goiânia nesta terça-feira (29), onde Jeferson Cavalcante, o segundo acusado pela morte de Ariane Bárbara, surpreendeu a todos ao confessar detalhes chocantes do crime. Jeferson, interrogado no tribunal, revelou os horrores que aconteceram na fatídica noite de agosto de 2021, quando Ariane perdeu a vida de forma brutal.
O crime aconteceu no Setor Jaó de Goiânia, após uma simples saída para lanchar, Ariane Bárbara encontrou seu trágico destino. Durante o julgamento, Jeferson deu um relato perturbador de como Ariane foi assassinada por estrangulamento e facadas. Ele admitiu que estava encarregado de dirigir e vigiar, a fim de evitar testemunhas durante o ocultamento do corpo.
O interrogatório de Jeferson ocorreu logo após Raíssa, também acusada pelo crime, ter confessado e implorado pelo perdão da mãe da vítima, Eliane Laureano. Além disso, durante o dia do julgamento, testemunhas apresentaram seus depoimentos até o início da tarde.
Revelação de Jeferson: Facas como presente e manipulação
Jeferson surpreendeu ainda mais ao afirmar que as facas usadas no assassinato foram um presente seu para Raíssa e a menor, dias antes do trágico evento. Ele explicou que, na noite do crime, recebeu instruções para dirigir e ficar de guarda para evitar que alguém chegasse durante a ocultação do corpo.
O réu também descreveu a influência da menor na tragédia. Ele disse que a menor, na época apreendida, o ameaçou, afirmando que mataria ele e sua família caso ele não participasse do assassinato. Segundo Jeferson, a menor instruiu-o a preparar o porta-malas, estalar os dedos como sinal para prosseguir com o crime, e até mesmo ligar o rádio para disfarçar o ato horrível.
Era pra ser uma 'brincadeira'
Jeferson também compartilhou que o estrangulamento inicial realizado por Raíssa não foi bem-sucedido e causou uma estranha pausa no carro. Ariane chegou a rir, pensando que era uma brincadeira. No entanto, a tragédia se desenrolou quando Freya pulou para o banco de trás e executou o estrangulamento fatal enquanto Raíssa desferiu a facada mortal, com incentivo de Sarah e Freya.
Jeferson revelou que ele estava lutando contra a depressão e estava sob medicação na época do crime. Ele afirmou que os efeitos colaterais dos medicamentos o faziam sentir-se "invencível". No entanto, ele continuou o tratamento no presídio, conforme revelado durante o interrogatório.
O plano macabro de ocultação
Após o crime, Jeferson descreveu como a menor pegou o celular de Ariane e tentou criar mensagens para simular uma conversa com a vítima. O grupo então dirigiu até o Setor Jaó, onde jogaram o corpo de Ariane no porta-malas e o abandonaram.
Versão de Raíssa Borges
Raíssa Burges, uma das acusadas pelo assassinato de Ariane Bárbara, surpreendeu a todos ao confessar o crime e pedir desculpas à mãe da vítima, Eliane Laureano, durante o júri em Goiânia. O interrogatório de Raíssa aconteceu após os depoimentos das testemunhas. Inicialmente, a defesa afirmou que ela permaneceria em silêncio, mas Raíssa decidiu falar.
Raíssa descreveu como o crime ocorreu. Ela e a menor estavam no carro ao lado de Ariane, enquanto Jeferson dirigia e Freya estava na frente. Quando uma música específica tocou, Raíssa começou a enforcar Ariane.
A situação se complicou quando Ariane questionou suas ações. A menor a instruiu a ir para o banco da frente, enquanto Freya continuou o estrangulamento. Posteriormente, Raíssa foi chamada para o banco de trás e instruída a esfaquear a vítima.
“Fui eu quem dei a primeira facada, que foi no peito, ela tava ainda acordava”
Depois do assassinato, o corpo de Ariane foi colocado no porta-malas enquanto o carro estava em movimento, pois a "tampa" havia sido retirada. O celular da vítima foi destruído pela menor e jogado pela janela. Raíssa compartilhou que, após o crime, a menor expressou orgulho por todos, exceto por Raíssa, a quem acusou de não ter "terminado o trabalho". As revelações feitas durante o julgamento continuam a lançar luz sobre os eventos que resultaram na morte de Ariane Bárbara.
Consequências para os envolvidos
A menor, apontada como a instigadora do crime, foi apreendida e recebeu a maior punição prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente. O juiz destacou que a ideia do crime foi da Raíssa Borges, que queria testar se era psicopata. O juiz ainda observou que os acusados não demonstraram respeito pela vida humana.
Defesa de Raíssa Borges
A defesa de Raissa argumentou que ela foi influenciada pela menor, que controlava sua vida, inclusive sua conta bancária e seu celular. Alegaram que Raissa participou do crime sob coação e que qualquer pessoa em sua situação teria feito o mesmo.
O julgamento continua a revelar detalhes angustiantes desse crime chocante que abalou a comunidade de Goiânia.
Os acusados
Freya Jacomini Carneiro: Apontada como autora das facadas em Ariane dentro do carro; condenada a 15 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver em março de 2023.
Jeferson Cavalcante Rodrigues: Usou seu próprio carro para transportar o grupo e ocultar o corpo.
Raissa Nunes Borges: Apontada como autora das facadas.
Uma adolescente foi apreendida na época do assassinato, mas o processo corre em segredo de Justiça.
