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Cantora gospel está presa em Goiânia sob investigação devido ao 8 de janeiro

Fernanda Rodrigues de Oliveira, detida na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia, compartilha cela com uma idosa e uma gestante

Foto: Reprodução/Redes Sociais Foto: Reprodução/Redes Sociais

A cantora gospel Fernanda Rodrigues de Oliveira enfrenta dias difíceis atrás das grades da Casa de Prisão Provisória (CPP) em Aparecida de Goiânia, onde está detida desde sua prisão, há cinco dias. Sua detenção está vinculada a uma investigação da Polícia Federal que a aponta como instigadora de atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, quando apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos três Poderes em Brasília. Enquanto aguarda uma decisão sobre sua prisão, Fernanda compartilha sua cela com uma idosa e uma gestante, em uma ala separada das demais detentas.

O advogado de defesa, Clebson Vieira Neres, alega que sua cliente foi alojada em um local segregado devido à sua ficha limpa, sem antecedentes criminais e um histórico considerado "idôneo". O local reservado abriga apenas quatro celas e seis detentas, com Fernanda dividindo a cela com uma gestante e uma idosa. Segundo Neres, a prioridade foi garantir a integridade física e emocional de Fernanda, que recebeu apoio da família com a entrega de alimentos, roupas e um kit de higiene. As informações são do G1.

No dia 17 de agosto, horas após a prisão de Fernanda Rodrigues de Oliveira, ocorreu uma audiência de custódia, na qual a defesa foi informada de que a decisão sobre a soltura da cantora ficaria a cargo do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o mesmo que expediu os mandados de busca e apreensão relacionados ao caso. Até a última atualização desta reportagem, o ministro ainda não havia se pronunciado sobre a possibilidade de libertação da artista.

O advogado de defesa informou que até o momento não conseguiu acessar os autos do inquérito federal, uma vez que o processo corre em sigilo e está disponível apenas em formato físico. Clebson Vieira Neres afirmou que solicitaram à Procuradoria Geral o acesso ao inquérito e aguardam uma resposta para compreender as acusações específicas que pesam sobre Fernanda.

O caso ganhou notoriedade após a divulgação de um vídeo em que a cantora participava e incentivava atos realizados por bolsonaristas em 8 de janeiro. No vídeo, Fernanda estava em acampamentos bolsonaristas em Goiânia e Brasília, usando a bandeira do Brasil e outros adereços. Segundo a defesa, um cover da música "Stand Up" gravado pela jovem tornou-se um hino dos atos golpistas. Porém, o advogado enfatizou que não pode confirmar sua participação nos eventos do 8 de janeiro, alegando que precisa de acesso ao inquérito para verificar se houve manipulação de imagens. A defesa aguarda mais informações sobre as investigações e as provas levantadas pela polícia para se posicionar adequadamente sobre o caso.

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