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Rússia diz que declarações da Otan sobre a adesão da Ucrânia são “perigosas”.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia emitiu um alerta nesta sexta-feira (21) sobre as declarações da Otan em relação à entrada da Ucrânia na aliança, concurso-as de "perigosas". A porta-voz do ministério, Maria Zakharova, disse que a Otan estabelece o objetivo de derrotar a Rússia na Ucrânia e promete que, após o fim do conflito, o país pode ser aceito na aliança.
As declarações foram feitas após a visita do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a Kiev na quinta-feira (20), onde afirmou que "o futuro da Ucrânia está na Otan". Durante sua visita, Stoltenberg discutiu uma "iniciativa de apoio plurianual" com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que ajudaria a Ucrânia a fazer a transição de equipamentos e doutrinas da era soviética para "padrões da Otan", o que "garantiria total interoperabilidade com a aliança".
No entanto, a visita e as declarações sobre a adesão da Ucrânia à Otan foram recebidas com resistência na Rússia, que reiterou que impedir que Kiev se junte à Otan é um de seus principais objetivos. Zakharova disse que "tais declarações são míopes e francamente perigosas. Isso pode levar ao colapso final do sistema de segurança europeu".
Stoltenberg também reafirmou durante uma reunião de aliados na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, que a Ucrânia se juntará à aliança militar. Ele disse aos repórteres que todos os aliados da Otan concordaram que a Ucrânia deveria ser um membro, apesar de não ter dado uma data definitiva de quando isso aconteceria.
A questão da adesão da Ucrânia à Otan tem sido um ponto de tensão entre a Rússia e o Ocidente há anos, especialmente desde a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014. A Rússia considera a adesão da Ucrânia à Otan uma ameaça à sua segurança nacional e tem se opõe fortemente a isso. No entanto, a Ucrânia tem afirmado que a adesão à aliança é essencial para sua segurança diante da agressão russa no leste do país.
A tensão entre a Rússia e o Ocidente tem aumentado recentemente, com a mobilização de tropas russas na fronteira com a Ucrânia e a anexação da Crimeia, além do envenenamento e prisão do líder da oposição russa Alexei Navalny.
