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Não há vencedor numa guerra de tarifas, diz Xi, ao elevar taxação dos EUA a 125%

Também nesta sexta, o Ministério do Comércio da China anunciou ter entrado com processo contra os EUA na Organização Mundial do Comércio

Imagem ilustrativa da imagem Não há vencedor numa guerra de tarifas, diz Xi, ao elevar taxação dos EUA a 125%

O líder chinês, Xi Jinping, afirmou nesta sexta (11) que "não há vencedor numa guerra de tarifas, e ir contra o mundo levará ao isolamento". As declarações foram dadas na Casa de Hóspedes Diaoyutai, durante encontro com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, em visita a Pequim.

Também nesta sexta, o Ministério das Finanças divulgou que a China vai aumentar no sábado as tarifas sobre produtos americanos de 84% para 125%, em resposta à mais recente escalada dos Estados Unidos.

O porta-voz do ministério, em declaração publicada no site do órgão, acrescentou: "Diante do fato de que, no atual nível de tarifas, não há possibilidade de aceitação pelo mercado de produtos dos EUA exportados para a China, se o lado americano continuar a impor tarifas sobre produtos da China, o lado chinês vai ignorá-las".

Yuyuan Tan Tian, perfil popular da plataforma Weibo, ligado à rede oficial CCTV, explicou a decisão dizendo que agora, "mesmo que os EUA continuem a impor tarifas mais altas, isso não fará mais sentido e se tornará uma piada na história da economia mundial".

Também nesta sexta, o Ministério do Comércio da China anunciou ter entrado com processo contra os EUA na Organização Mundial do Comércio, citando "práticas unilaterais de coerção e bullying, que violam as regras da OMC".

No encontro com Sánchez, Xi afirmou que seu país "não teme qualquer supressão irracional", após citar que, "por mais de 70 anos, o desenvolvimento da China se baseou em autossuficiência e trabalho árduo, nunca nos presentes de ninguém", em referência aos EUA.

"Não importa como o ambiente externo mude, a China fortalecerá sua confiança, manterá sua determinação e se concentrará em administrar bem seus próprios assuntos", acrescentou.

Em mensagem mais direta ao premiê espanhol, falou que "somente por meio da solidariedade e cooperação de todos os países será possível manter a paz e a estabilidade mundiais", diante da "situação caótica internacional".

Para enfrentar esse quadro de "múltiplos riscos e desafios sobrepostos", o líder chinês vê maior necessidade no "desenvolvimento sólido e estável das relações sino-ocidentais", citando a Espanha e a União Europeia.

Descreveu a UE como "um pólo importante no mundo multipolar e uma grande potência" e defendeu "resistir conjuntamente à intimidação unilateral", referência ao bullying de Donald Trump, questionado há dias pelos porta-vozes chineses.

De sua parte, Sánchez declarou que "não haverá vencedores em uma guerra comercial" e que a Espanha defende o desenvolvimento das relações UE-China. Seu país e o bloco europeu, segundo ele, "estão prontos para fortalecer a cooperação com a China e salvaguardar a ordem comercial internacional".

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