Entre 2015 e 2018, a gestão do Estado de Goiás sob o PSDB teria atingido o maior número de cargos comissionados no serviço público estadual, de acordo com dados do Portal da Transparência.
Na atualidade, com Ronaldo Caiado, Goiás registra uma estrutura funcional onde 93% dos servidores ativos são efetivos, enquanto apenas 7% ocupam cargos comissionados.
Em janeiro de 2015, havia 8.401 servidores comissionados. O número é superior aos 6.669 registrados em 2024, analisam fontes do Governo de Goiás.
Os números mostram um embate entre as forças políticas atuais e anteriores a respeito de quem teve menos cargos em comissão.
O PSDB, cuja liderança maior é o ex-governador Marconi Perillo, ficou no poder cinco mandatos, nomeando bem mais comissionados. Proporcionalmente, na última gestão, o PSDB também superou o União Brasil.
Em 2016, o número de comissionados chegou a 7.180 em novembro, com uma média anual de 7 mil nomeações sem concurso público. Em 2018, a média mensal foi de 6,9 mil, atingindo 6.943 servidores em agosto.
Folha de pagamento
Durante a gestão tucana, segundo fontes do governo, 80% da arrecadação estadual foi destinada ao pagamento de salários, sem incluir despesas com a dívida pública ou o funcionamento da máquina administrativa.
Críticos ao período de governo tucano dizem que o percentual ultrapassaria o limite de 60% estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Todavia, duas emendas constitucionais aprovadas à época permitiram que despesas com pensionistas e imposto de renda retido na fonte fossem excluídas do cálculo da LRF. Com isso o teto de gastos não foi atingido.
Segundo políticos da base, a crise financeira desta época explodiu no início da gestão de Ronaldo Caiado (União Brasil), em 2019.
A folha consumia 76,8% da arrecadação estadual - o que motivou reformas administrativas e fiscais para reequilibrar as contas.
Concursos públicos
Em 2024, 54% da receita estadual é destinada à folha de pagamento, com 2,6% voltados aos comissionados. Em novembro, os gastos com esses servidores totalizaram R$ 39,4 milhões — menos de 1% da arrecadação de R$ 4,06 bilhões no mês.
Em 2024, mais de 2,5 mil servidores efetivos foram nomeados em áreas como saúde, educação, segurança e administração.
Segundo integrantes do Governo, desde 2022, foram efetivados mais de 5 mil novos servidores, incluindo 3.160 professores. Para 2025, novas contratações estão previstas, caso de

1,6 mil aprovados no concurso da Polícia Penal.