A Policlínica Estadual da Região do Entorno, em Formosa, promoveu uma palestra em alusão ao Dia Mundial de Combate à Homofobia, lembrado em 17 de maio. O responsável pelo Núcleo de Educação Permanente da unidade, Reinaldo Silva, e a Responsável Técnica pelo serviço de enfermagem, Ângela Marbia abordaram o tema com os colaboradores da unidade,
A data foi escolhida porque em 17 de maio de 1990 a organização Mundial da saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID).
De acordo com Reinaldo Silva, o direito internacional possui cinco medidas para garantir o direito da comunidade LGBTQIA+, protegendo as pessoas do ódio que é gerado pela homofobia.
“Prevenir a tortura e outros tratamentos cruéis, inumanos e degradantes de pessoas nesta comunidade. Suprima as leis que criminalizam as pessoas com base em sua orientação sexual ou identidade de gênero. Proteger as liberdades de expressão, associação e reunião pacífica de pessoas que se identificam como LGBTQIA+”, disse
O palestrante destaca que em junho de 2011, o Brasil participou da elaboração e proposta nas Nações Unidas votando a favor de um texto que também pedia um estudo sobre leis discriminatórias e violência contra pessoas por orientação sexual.
“O estudo de pesquisadores da Unesp e da USP, e publicado na revista científica Nature Scientific Reports, constatou que o percentual de adultos brasileiros que se identificam como bissexuais, lésbicas, gays, e transgêneros é de 12 %, ou seja, cerca de 19 milhões de pessoas, levou a que fossem tidos em conta os dados sobre a população do BIGS”, afirmou.
Segundo Reinaldo, O documento "Dossiê de mortes e violências contra LGBTQIA+ no Brasil", elaborado pelo Observatório de mortes Violentas Contra LGBTQIA+ e publicado na primeira quinzena de maio, revelou que foram registradas pelo menos 273 mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ no país em 2022, das quais 228 foram homicídios, 30 foram suicídios, e 15 mortes por outras causas, como ferimentos por agressão. A média no ano passado foi de uma pessoa LGBTQIA+ morta a cada 32 horas.
A diretora-geral da Policlínica de Formosa, Silvana Mofardini, ressalta que é dever de todos respeitar ao próximo, independente da sua orientação sexual.