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Plenitude feminina e empoderamento em "Mulheres Extraordinárias" (Foto: Fernando Keller/Diário da Manhã)
A segunda edição do evento “Mulheres Extraordinárias”, em formato de talk show, aconteceu na noite desta terça-feira, 17, em Goiânia. O evento, que reuniu mulheres de diferentes áreas da vida, abordou uma série de assuntos relevantes, incluindo saúde mental, pressões sociais e padrões de beleza, além de temas como empreendedorismo, saúde e bem-estar.
Representando uma rede de mulheres apaixonadas que desafiam estereótipos e limites, o evento destacou a busca pela plenitude extraordinária em todas as áreas da vida, tendo Poliana Rocha como embaixadora e Juliana Silveira como convidada especial.
A jornalista, empresária e digital influencer Poliana Rocha, iniciou o evento e compartilhou sua gratidão por fazer parte desse encontro especial: “Para quem não me conhece, eu sou Poliana Rocha. Eu sou mãe, sou esposa, sou vó de duas princesas e estou muito feliz e honrada de poder estar aqui hoje. Sou embaixadora do mulheres extraordinárias, 2023, e é o nosso segundo encontro. E eu acho que é um evento que eu tenho ficado muito grata de fazer parte, onde realmente a gente se conecta”, disse a embaixadora.
Em seguida, a atriz Juliana Silveira, se apresentou e expressou a importância de conexões entre mulheres e partilhamento de histórias. “É uma alegria muito grande que me proporciona estar aqui não como um personagem, mas como Juliana, conversando, conhecendo vocês, fazendo essa conexão com mulheres que é muito importante para mim. Sou uma pessoa que sou apaixonada por mulheres, por histórias das mulheres, pela potência das mulheres. Então, para mim é muito importante. Estando perto de vocês, ouvindo um pouquinho da história de vocês, eu me fortaleço demais. Acho que é muito importante essa troca", disse a atriz.
No decorrer do talk show, diversos tópicos de relevância foram abordados. Além das questões de saúde mental e pressões sociais que afetam as mulheres, o evento focou na estética e na busca pelo irreal em termos de padrões de beleza. Os convidados ressaltaram a importância de evitar comparações e de cuidar da saúde mental, com profissionais Dr.ª Bruna Linhares, Dr.ª Isadora Rosan, Tânia Miranda, Bárbara Moreira, Dr. Leandro Aguiar, Dr. Danilo Estevam e Shirley Brandão.
A empresária Poliana Rocha, falou sua perspectiva sobre superar desafios: "A comparação a gente às vezes tem a mania de comparar. E eu acho que um dos motivos da gente estar no momento de plenitude é a gente parar de se comparar o outro", relatou.
Juliana Silveira partilhou suas experiências de lidar com o sucesso e as pressões da indústria do entretenimento: “Até os 30 eu era acelerada, queria alta performance, queria conquistar e estava focada no sucesso. E queria construir uma vida financeira estável, sair da casa dos meus pais. E aí você está. E estava extremamente infeliz. Estava com sucesso, ganhando bem, todo mundo gostando do projeto que eu estava fazendo. E eu chorava no camarim. Eu estava esgotada, exaurida no auge do sucesso”, revelou a atriz pela primeira vez.
A atriz ainda relatou que após o auge do seu sucesso, resolveu desacelerar, após passar por um processo se sentir envergonha por estar esgotada. “Eu tinha vergonha de dizer para as pessoas que eu estava exaurida, no auge do sucesso. Por que você sente vergonha? Você fala Meu Deus, como é que eu não estou satisfeita? Eu estou aqui no auge. Eu conquistei algo que tem muitas meninas que sonham em estar nesse lugar. E eu não estou feliz. Eu não quero isso para mim. Eu quero desacelerar. Eu quero construir uma família. Eu quero ter uma vida mais calma”, continuou.
“Hoje em dia, aos 43, eu digo falo muito isso. Sucesso é fazer o que você gosta da maneira única que você faz. Porque durante muitos anos eu ficava muito presa na comparação. Porque no ambiente da televisão tem muito isso, né? Eles fazem muito isso com as atrizes. Faziam, não fazem mais. O ambiente está melhorando nesse sentido. Então, para mim, era uma confusão emocional muito gigante e eu não dizia entrevista, era uma coisa que as pessoas não queriam saber”, contou Juliana sobre estar vivendo em uma fase plena após entender o que é o real sucesso.
A atriz também expressou sua perspectiva sobre a importância de ter um espaço para refletir sobre a complexidade da vida, apontando que as trajetórias individuais são repletas de altos e baixos, que é fundamental aprender a lidar com o fracasso de forma saudável.
Juliana também revelou uma história pessoal em que teve que renunciar a uma oportunidade profissional em prol do seu bem-estar, descrevendo como isso a afetou emocionalmente. Juliana enfatizou a importância de confiar no fluxo da vida e encontrar significado, destacando que essa jornada não é fácil, exigindo constante autoconhecimento e apoio. Ela encerrou a conversa abordando a sobrecarga em diferentes áreas da vida e como aprendeu a enfrentá-la ao longo do tempo.
A Dr.ª Bruna Linhares salientou a importância de cuidar da saúde mental e que a comparação com os outros pode ser prejudicial: “Essa questão das comparações acabam trazendo e reforçando a cobrança, né, em relação ao outro. Então a gente acaba comentando mais cedo em relação ao corpo, em relação ao trabalho, em relação ao que o outro está fazendo e eu não tô conseguindo produzir quanto aquela pessoa está produzindo”, ressaltou.
A dermatologista Dr.ª Isadora Rosan destacou que procedimentos estéticos não podem substituir a autoestima. Enquanto o Dr. Danilo Estevam expôs sua visão sobre procedimentos estéticos e os riscos dos excessos.
O médico destacou a importância de considerar a estrutura corpórea e o biotipo de cada paciente, destacando: "Então as pacientes chegam no consultório, você fala Doutor, eu quero operar, mas eu quero que fique um natural".
Em um mundo inundado por modismos e influências das redes sociais, o cirurgião alertou que nem sempre seguir a última tendência é a melhor opção, pois os tratamentos devem ser adaptados às necessidades individuais e à harmonia da estrutura corporal.
O Dr. Danilo também ressaltou a necessidade de priorizar a saúde geral, incluindo a perda de peso, a adoção de hábitos saudáveis e o cuidado com a saúde mental, para obter resultados satisfatórios na cirurgia plástica. Ele concluiu reforçando a importância da naturalidade e do equilíbrio, além de encorajar os pacientes a se reconhecerem em sua autoimagem.
Questionado sobre a frequência das cirurgias plásticas, o Dr. Leandro Aguiar esclareceu que não existe um limite rígido, mas sim a necessidade de uma indicação adequada: “Não existe limite. Existe indicação correta. Você deve fazer se aquilo realmente vai impactar na sua vida, então quais são os seus motivos? Eles são conscientes?” Ele destacou que as pessoas devem considerar seus motivos conscientes para realizar cirurgias e não seguir modismos. O médico, particularmente, visa conscientizar suas pacientes sobre a importância de cuidar da saúde emocional e dos relacionamentos antes de recorrer à cirurgia plástica.
No contexto do evento, que abordou o Outubro Rosa e o câncer de mama, o Dr. Leandro Aguiar compartilhou seu domínio com cirurgias reparadoras de mama e destacou o valor simbólico e emocional que a mama tem para as mulheres: “Eu consegui, inclusive sendo homem, compreender a importância que a mama representa para cada uma de vocês, o símbolo feminino que é”. O cirurgião mencionou sua especialização em reconstrução de mama para pacientes com câncer, realçando a importância da reconstrução de mama como um direito de todas as mulheres, coberto por convênios médicos.
Contudo, o Dr. Leandro explicou que, geralmente, as cirurgias de reconstrução ocorrem em etapas e são extremamente gratificantes, ao devolverem a autoestima e a normalidade às pacientes que passaram por mastectomias.
Enquanto o Dr. Leandro Aguiar, cirurgião plástico, abordou a controvérsia em torno do silicone e ressaltou a importância de uma abordagem consciente na cirurgia plástica.
“Existe muita controvérsia? Existe. Várias pessoas falam culpando o silicone por tudo, né? Então, qualquer dor de cabeça, qualquer doença, qualquer queda de cabelo, qualquer depressão se culpa. O silicone é assim. Não é bem assim. O silicone é um corpo estranho. Sim, ele promove reações no nosso organismo. Com certeza ele tem. Ele pode ser uma causa que a gente chama de azia, que é agravar uma doença autoimune. Mas isso são raridades, não é exceção. Esse excesso e essa apologia que tudo está tendo por causa do silicone, não é verdade”, explicou o cirurgião, desmitificando o silicone.
Tânia Miranda, Gestora Comercial do Hospital Israelita Albert Einstein em Goiânia, trouxe à discussão a importância de fornecer atendimento de qualidade para aqueles em situação financeira desfavorável, ressaltando a viabilidade de produtos como check-ups e exames acessíveis a uma ampla audiência. Ela sublinhou a necessidade de proteger o patrimônio, especialmente durante crises como a pandemia.
A gestora também mencionou a realidade local, com agricultores, pecuaristas e empresários que possuem recursos, mas muitas vezes negligenciam a importância de um plano de saúde. Tânia concluiu afirmando que ter um plano de saúde é a chave para acessar o Hospital Albert Einstein e destacou que, em São Paulo, a maioria das pessoas que frequentam o hospital conta com um plano de saúde oferecido pela empresa. Além disso, ela revelou que haverá gestão Einstein em outro hospital, além do HMAP.
Bárbara Moreira, nutricionista e empresária do segmento de móveis planejados, trouxe uma perspectiva única sobre a transformação do lar e seu papel no bem-estar das mulheres.
Shirley Brandão, especialista em desenvolvimento humano e mentora em liderança, encerrou o evento compartilhando sua vasta experiência e sabedoria sobre o desenvolvimento pessoal e a transformação de vidas. “Sou apaixonada por desenvolver pessoas. Esse é o meu propósito de vida e eu faço isso através do eu pleno, faço isso também através de mentorias para profissionais da área do desenvolvimento humano”, afirmou.
O evento "Mulheres Extraordinárias" proporcionou uma noite de empoderamento, visões valiosas e histórias inspiradoras. As palestrantes e profissionais compartilharam suas jornadas pessoais, evidenciando a importância de cuidar da saúde mental, promover a autoestima e celebrar a singularidade de cada indivíduo.
