O filme "Vermelho, Branco e Sangue Azul" conquistou minha atenção do inicio ao fim. No filme, o príncipe britânico Henry (Nicholas Galitzine) e o filho da presidente doas Estados Unidos, Alex (Taylor Zakhar Perez) são jovens que enfrentam as pressões de serem figuras públicas e desempenhar papéis cruciais no cenário político de seus países. Apesar de compartilharem algumas semelhanças, nutrem uma profunda aversão um pelo outro.
Tudo muda quando eles se envolvem em uma briga pública durante o casamento do irmão mais velho do príncipe Henry e, para lidar com a situação, são forçados a compartilhar o mesmo espaço por um tempo. É a partir desse momento que a antiga implicância se transforma em um sentimento de amor.
O filme não passa muito tempo explorando essa rivalidade e o romance se desenvolve rapidamente, evitando enrolações e que de certa forma se torna bem positivo. A história ainda segue integralmente uma boa parte do livro.
A narrativa do filme é bem romântica e segue uma linha da maioria de filmes como esse: de inicio os personagens principais não se gostam, mas a partir do momento que convivem juntos por mais tempo, acaba criando ali, um romance cativante.
O filme está repleto de momentos que revelam uma atenção inesperada para uma comédia romântica jovem. Apesar de ser lançado em um serviço de streaming e baseado em um livro que, independentemente de suas qualidades, atrai muito interesse pela inclusão queer nos padrões narrativos do romance, o filme vai além dessas expectativas.
A grande força do filme é a autenticidade de seus personagens, mostrando que o público LGBTQIAP+ deseja se ver como protagonista em uma história única, ao invés de se encaixar em uma narrativa pré-concebida e heteronormativa. O filme evita clichês enquanto mantém a essência encantadora dos primeiros diálogos entre os protagonistas.
O filme se destaca por manter a genuinidade das situações de seus personagens, oferecendo uma história que difere das grandes narrativas convencionais. Em uma cena crucial do segundo ato, por exemplo, Alex declara seu amor a Henry após se assumir para a família, revelando a complexidade dos personagens e a dinâmica da relação.
Em resumo, "Vermelho, Branco e Sangue Azul" vai além das expectativas, oferecendo uma narrativa cinematográfica rica e uma representação autêntica da diversidade, demonstrando uma visão única em Hollywood que não se limita a ser apenas um produto de mercado.