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Influencer cobra R$ 80 mil para divulgar 'Jogo do Tigre', mas diz que não joga: 'Perco e fico frustrada'

A Polícia Civil teve acesso a áudios em que influenciadores dão detalhes de como funciona a divulgação dos jogos de azar.

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Mylena Verolayne foi alvo da Operação Game Over, realizada pela Polícia Civil, na última sexta-feira (14), em Alagoas. Em áudios divulgados pelos investigadores, a influenciadora diz que cobra R$ 80 mil para divulgar o “Jogo do Tigrinho”, porém, afirma que não vai apostar.

Na gravação, a mulher, que possui mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, ressalta que quer uma conta "demo" para não correr o risco de perder dinheiro apostando em uma conta comum para jogadores. O inquérito policial investiga se a prática se enquadra no crime de estelionato.

"Ao invés de eu sacar, vou jogar, perco, aí boto meu dinheiro, perco e fico frustrada, com crise de ansiedade. Não quero ter vínculo, não quero nem abrir conta. Isso está me criando muito ansiedade", disse a criadora de conteúdo.

"Estou cobrando R$ 80 mil por cinco dias com o link deles, se for fechar é isso. Não baixo nenhum centavo. Eles me dão uma conta demo porque eu pelo pra menina jogar. Não estou nem querendo jogar, tive um prejuízo essa semana", revelou ela em outro áudio.

Mylena teve celulares, joias, dinheiro e carros apreendidos, além da conta no Instagram bloqueada por ordem da Justiça. Após a Polícia Civil cumprir o mandado de busca e apreensão em sua casa, a influenciadora criou uma nova conta e se defendeu das acusações.

"Eu não tenho nada a esconder e nem devo nada, não; Eu estou aqui para colaborar, então vai aparecer um monte de conversa, um monte de coisa distorcida. O tempo é o melhor remédio. Aguardem! Vocês, que gostam de mim, que acreditam em mim, aguardem. Ta bom?", declarou.

A influenciadora ainda afirmou que deixava claro para seu público quando utilizava uma conta 'demo'. "Conta demo, minha gente, é uma conta demonstração. É uma conta que tem dinheiro para a gente ensinar. Eu usei muita conta demo. Eu já usei conta demo para ensinar vocês jogar", disse.

"Usar conta demo é crime? Cai no crime de estelionato, porque é uma pessoa que está usando uma conta, mentindo, dizendo que ganhou sem ter ganho. Só que eu não faço isso, porque quando eu usei, eu avisei. Eu não engano vocês", finalizou.

O delegado responsável pelo inquérito contou qual crime os investigados podem ser indiciados. "Essa é uma prática disseminada hoje no Brasil e que muitos influenciadores alagoanos estavam cometendo crime de estelionato ao incentivar seus seguidores a praticar esse tipo de jogo que tem trazido uma verdadeira ruína nas finanças das pessoas", declarou Lucimero Campos.

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