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Câmara Aprova Novo Ensino Médio

Câmara dos Deputados aprovou a versão final da proposta do Novo Ensino Médio na noite de terça-feira 9

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A Câmara dos Deputados aprovou a versão final da proposta do Novo Ensino Médio na noite de terça-feira, 9 de julho, após uma votação simbólica que resultou em mudanças significativas no projeto original, incluindo a remoção do espanhol como disciplina obrigatória.

Exclusão do espanhol como disciplina obrigatória no Novo Ensino Médio tem gerado preocupações significativas entre educadores e estudantes. Esta decisão afeta diretamente os professores de língua espanhola, que desde 2016 vêm enfrentando perdas de aulas e oportunidades de trabalho. Apesar da popularidade do espanhol entre os estudantes, com cerca de 60% dos candidatos do Enem optando pela prova de espanhol, a reforma prioriza o inglês como língua estrangeira obrigatória. Críticos argumentam que esta mudança não apenas limita as oportunidades educacionais dos alunos, mas também ignora a importância geopolítica e cultural do espanhol para o Brasil, considerando sua posição na América Latina. Além disso, a exclusão do espanhol levanta questões sobre o impacto nas universidades que oferecem cursos de Letras - Espanhol, com temores de um possível esvaziamento desses programas.

Principais mudanças na formação básica do Novo Ensino Médio incluem o aumento da carga horária da formação geral básica para 2.400 horas, somadas nos três anos do ensino médio, para alunos que não optarem pelo ensino técnico. A carga horária total do ensino médio permanece em 3.000 horas nos três anos, com os alunos tendo que escolher uma área para aprofundar os estudos nas 600 horas restantes, através de itinerários formativos em linguagens, matemática, ciências da natureza ou ciências humanas e sociais aplicadas. Para a formação técnica e profissional, a formação geral básica será de 1.800 horas, com 300 horas adicionais podendo ser destinadas ao aprofundamento de estudos relacionados à formação técnica escolhida. Essas mudanças visam reestruturar o Ensino Médio, atendendo às críticas ao modelo anterior e buscando um equilíbrio entre formação geral e especialização.

Educadores e estudantes têm expressado preocupações significativas em relação ao Novo Ensino Médio (NEM). Pesquisas indicam que a maioria dos estudantes, professores e gestores escolares está insatisfeita com o modelo implementado. Críticos argumentam que o NEM limita as escolhas dos alunos, aumenta as desigualdades educacionais e não cumpre a promessa de maior liberdade de escolha na formação escolar. Estudantes relatam experiências críticas, destacando problemas como falta crônica de professores e expansão da carga horária baseada principalmente em aulas online. Especialistas alertam que o modelo atual pode amplificar as desigualdades existentes, dificultando o acesso dos estudantes de escolas públicas ao mesmo nível de conhecimento oferecido nas instituições privadas.

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