Quando o assunto se refere à veículos que passam confiança e credibilidade, o nome Toyota está sempre em evidência. Os modelos da marca japonesa representam tudo aquilo que o consumidor busca em um veículo, seja lá qual for o segmento de mercado. Você que está lendo o texto, já nas suas linhas iniciais, pode até discordar, mas o usuário da marca tem seguramente opinião diferente da sua.
Quem anda de Toyota dificilmente sai da marca para buscar outra alternativa, a não ser por motivo de força maior. Você já ouviu queixas de um usuário de Corolla e Hilux, por exemplo? O primeiro é o sedã mais vendido do mundo e a picape é líder de vendas no seu segmento. Bom lembrar que a matéria não é paga para que a marca e os seus respectivos modelos mereçam referências tão positivas.
Convenhamos que o popular Toyota Etios, que já não está mais no mercado, pode não ter sido um modelo com um conceito não tão admirado, exceto no baixo consumo. O carro estreou por aqui nas carrocerias sedã e hatback com um design fora de moda e um acabamento interno de péssimo gosto, mesmo para um carro popular. O quadro de instrumentos no centro do painel do Etios fugia de todos os padrões. Era um desastre.
Quer saber mais sobre o Etios? A coluna de direção do modelo, originariamente do lado direito, foi ocultada no interior no porta-luvas e transferida para o lado esquerdo para atender o mercado brasileiro. Mesmo assim o Etios ficou nove anos no mercado. Seu substituto Yaris vai se garantindo como um carro que vende bem e cativando cada vez mais os consumidores do modelo de entrada da Toyota.
Mas é sobre a picape Hilux que vamos falar no texto a partir
de agora, mais especificamente da versão SRX que o DMAutos acabou
de avaliar. Então a segunda mais completa versão do portfólio da Hilux, a SRX
foi reposicionada e passou a figurar abaixo da nova versão SRX Limited, que
acabou de ser lançada. No topo da gama da picape está a GR-S.
Dirigir a picape líder de vendas mostra bem as razões que levam seus consumidores a não aceitarem sair da marca. A Chevrolet S10 corre atrás da Hilux, chega perto para tomar a liderança, mas a picape japonesa mostra sua força, bem como o quanto o nome Toyota é forte. Na disputa acirrada, só dá a Hilux, embora o mercado já viveu momentos em que a S10 passou sua concorrente direta.
Toyota Hilux 2023: Versões e preços
Hilux GR-S: R$ 354.790
Hilux SRX Limited: R$ 337.990
Hilux SRX A/T: R$ 325.490
Hilux SRV A/T: R$ 290.690
Hilux SR A/T: R$ 273.090
Hilux STD Power Pack: R$ 244.390
Hilux Cabine Simples: R$ 228.490
Hilux Chassi: R$ 220.690
Na reestilização da Hilux, no final do ano passado, a Toyota
tomou uma decisão acertada ao aposentar o motor 2.7 16V Flex 163 cv de potência
na picape. O motor 2.8, turbodiesel, de 204 cv, mais potente do que o anterior,
passou a ser exclusivo na linha 2022.
Nas versões com câmbio automático de seis marchas esse propulsor o torque é de 50,9 kgfm a 2.800 rpm, enquanto nas versões com câmbio manual é de 42,8 kgfm a 3.400 rpm. Sempre com tração 4x4.
Até injetar mais potência e força no motor 2.8 turbodiesel,
a Toyota Hilux reunia apenas 177 cv e 45.9 kgfm de torque embaixo do capô. Era
uma das picapes com menos potência do mercado. Daí vieram os cavalos a mais e a
Hilux ganhou motivação para comemorar 204 cv, dando, assim, um salto
qualitativo para se fortalecer ainda mais diante da concorrência.
Novo visual
Nas mudanças feitas no modelo no final do ano passado, a
Hilux ganhou novo visual e mais equipamentos de segurança. As mexidas foram
mais acentuadas do que anteriormente. O modelo recebeu novos faróis. O formato do
conjunto foi mantido, mas não a nova organização internas e luzes de LEDs,
inclusive diurnas, faróis de neblina em LEDs.
A Hilux 2022 ganhou também um novo para-choque, que serve
como moldura a uma grande e destacada grade dianteira. Mudanças aconteceram
também no design das rodas de 18" e nas lanternas traseiras, com nova
assinatura em LEDs.
Na nova calibração da suspensão da Hilux, a versão SRX mereceu um acerto mais confortável e menos voltado para o trabalho. O ajuste deixou a versão SRX da picape capaz de oferecer conforto quando utilizada em rodovias, rodando em velocidades mais altas.
A mexida no motor 2.8 forçou também substituição de materiais internos visando reduzir atrito. Além disso, houve a troca do turbo e o mapeamento da injeção de combustível, o que possibilitou chegar aos 204 cv e 50,9 kgfm. O modelo registrou consumo de 10,23 km/l no percurso urbano e 11,6 km/l no rodoviário
Com o novo motor a Hilux tornou-se a mais potente picape turbodiesel com motor 4 cilindros do mercado. A transmissão automática sequencial da Hilux também foi recalibrada. Contudo, foi mantida a configuração com seis marchas, com tração 4x4 com reduzida e bloqueio de diferencial traseiro.
Motor eficiente
Com maior torque em relação ao propulsor anterior, a Hilux responde de forma mais eficiente a qualquer solicitação do motorista no acelerador. É perceptível como o motor de 204 cv trabalha com mais folga e fôlego, em casado com a transmissão que faz trocas de marchas mais rápidas e de forma mais suave.
No trânsito urbano, a Toyota Hilux opera com mais suavidade. O propulsor 2.8 vibra menos, ajudado também pelos novos coxins de carroceria. A suspensão da versão SRX tem amortecedores mais robustos e todo o conjunto é bem calibrado.
A direção é hidráulica,
mas nem por isso pesada. Está mais leve em manobras graças às novas solenóides.
A dirigibilidade é prazerosa, apesar do tamanho da picape. Outro ponto positivo
é o conforto da cabina.
Mesmo com todos os aperfeiçoamentos, quem vai no banco traseiro sente um pouco os impactos causados pelo eixo em pisos irregulares. Incomoda um pouco, mas fica o consolo de este um problema comum das picapes. Os tais solavancos já são conhecidos. O espaço, porém, é bom e conta com saída de ar-condicionado.
Equipamentos de segurança
A Hilux SRX é bem completa em equipamentos de segurança. A versão conta com piloto automático adaptativo e alerta de saída de faixa com assistência, além do alerta de colisão com frenagem automática, algo extremamente importante em um carro desse porte. Há também faróis fullLED e sistema de som assinado pela JBL (muito bom).
A versão traz sistema multimídia com tela de 8" e espelhamento de smartphones via Apple CarPlay e Android Auto (com fios). O sistema melhorou em relação à Hilux anterior, que devia um pouco na eficiência. Agora parece mais intuitivo. Outros detalhes estão na grafia do painel e o computador de bordo colorido com novas funções.
Versão SRX
Priorizando a segurança, a Toyota introduziu na picape
aprimoramentos em sistemas ativos para manter-se entre os veículos com mais
equipamentos de segurança do País. O primeiro deles é a incorporação de sistema
de monitor de visão 360º (Panoramic View Monitor – PVM).
O sistema vai agregado no modo de exibição do display como suporte ao motorista na identificação de movimentos ao redor de todo o veículo. Ele combina uma câmera frontal, uma em cada lateral e uma traseira, totalizando quatro dispositivos para abranger todos os ângulos do modelo.
Visão 360º
O monitor de visão 360º atua como um auxiliar de visibilidade das áreas de pontos cego. Ele apresenta imagens nítidas e linhas de suporte na tela que ajudam a delimitar a distância entre obstáculos.
Ainda em segurança, a Toyota adicionou nova função ao
sistema Toyota Safety Sense (TSS), por meio do sistema de pré-colisão frontal
(PCS), que passou a detectar também pedestres e ciclistas. A função estará
habilitada somente na versão SRX – única com TSS de série na linha.
O sistema TSS é complementado pelas funções: Controle de
Cruzeiro Adaptativo (ACC) e Sistema de Alerta de Mudança de Faixa com condução
assistida (LDA). É importante observar que esses sistemas são projetados para
auxiliar o motorista e não para substituí-lo.
Resumo: A Toyota Hilux reúne as melhores qualidades que uma picape precisa. A versão SRX testada deixa bem claro isso nos equipamentos disponíveis, conforto interno, conjunto mecânico e na disposição para andar com o pé no acelerador, além do design que chama a atenção.
Ficha técnica: Toyota Hilux SRX 2.8 Turbodiesel
Motor: dianteiro, longitudinal, quatro cilindros, 16
válvulas, 2.755 cm3, comando duplo, turbo e injeção direta, diesel
Potência: 204 cv @ 3.400 rpm;
Torque: 50,9 kgfm @ 2.800 rpm
Transmissão: Câmbio automático de 6 marchas, tração traseira (4x2), 4x4
e 4x4 com reduzida e bloqueio do diferencial traseiro
Suspensão: Independente de braços sobrepostos na dianteira, eixo rígido
com feixes de molas na traseira;
Rodas: de 18" com pneus 265/60 R18
Peso: 2.090 kg em ordem de marcha
Dimensões: comprimento: 5.325 mm; entre-eixos: 3.085 mm; largura: 1.855
mm; altura: 1.815 mm
Capacidade de carga: 1.000 kg;
Tanque: 80 litros
Ângulo de entrada: 29º
Ângulo de saída: 26º