Ford Mustang Mach-E: Crossover elétrico de duas toneladas que te prega no banco na arrancada

Um veículo de 4,71 metros de comprimento, entre-eixos de praticamente 3 metros e peso de 2,1 toneladas que consegue acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3,7s. Capaz de te pregar no banco e dar um “soco no estômago” na hora da arrancada. Seria um veículo esportivo?

Um porta-malas de 402 litros e mais 139,5 litros no espaço adicional localizado abaixo do capô (total de 541,5 litros), com freios brembo e motor de 487cv de potência. Seria um SUV (veículo utilitário esportivo)? E tudo isso empurrado por dois motores elétricos. Sim! Dois motores elétricos que entregam 860 NM de torque.

Nem um, nem outro. Ou melhor, os dois! O Ford Mustang Mach-E GT Performance é um crossover. E, para o pesadelo da concorrência, tem números melhores que seus principais rivais, independente se a categoria elétrica é SUV ou esportivo. Até no preço de R$ 486 mil é vencedor.

Nos comparativos, tanto de velocidade, porta-malas, frenagem e equipamentos, o Mach-E sai vencedor. “É um veículo esportivo com espaço para a família. Um carro rápido, moderno e arrojado, à frente do seu tempo”, resume o vice-presidente da Ford no Brasil, Rogelio Golfarb, no dia 24 de outubro, durante uma segunda apresentação do carro à imprensa.

Nesta oportunidade (a primeira foi no dia 16 de outubro), os jornalistas puderam conduzir o carro por rodovias do interior de São Paulo e pilotá-lo no complexo de pistas de testes da Pirelli, chamado de Circuito Panamericano.

Durante a viagem até o município de Elias Fausto (SP), onde fica o campo de provas, o Mustang Mach-E se comportou como um carrão da família. Espaçoso, confortável e silencioso, agrada qualquer tipo de motorista. Uma tela multimídia vertical de 15,5” facilita a navegação e garante a chegada ao destino. A cavalaria ficou bem escondida, diga-se de passagem.

Agora, dentro da pista, o Mustang Mach-E se transforma, mesmo sem precisar de maquiagem, roupa nova ou até um corte de pelos na crina. Basta colar o acelerador no assoalho para sentir um soco no estômago na arrancada. Nas curvas, o carro literalmente “prega” no chão, deixando a condução segura, até para pilotos inexperientes.