Está confirmado: Madonna, 65, trará ao Brasil show da turnê “The Celebration Tour”. A rainha do pop se apresentará na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, dia 4 de maio, sábado. Dirigido pelo DJ e produtor Stuart Price, o espetáculo tem recebido elogios por onde passou. Diário da Manhã antecipou a possibilidade de show em território brasileiro.
É bom ficar atento aos preços para reservar passagens aéreas e até diária nos hotéis. Goianos devem se preparar para articular a ida à Cidade Maravilhosa. Em grandes concertos, como Paul McCartney ou Roger Waters, no ano passado, houve excursão a um preço justo para Brasília, metrópole na qual ambas as turnês estrearam no Brasil. Por ser mais longe do que ir à capital federal, a despesa para o Rio dói no bolso, ainda que o show seja gratuito.
Airbnb, por exemplo, pode ser uma saída: barato, prático, boa localização. Convém ter prudência e procurar ficar bem situado, mas evite delongar demais para se programar. Nesses casos, quando se aguarda há muito tempo o show de um artista internacional, as reservas disparam e, com isso, o preço sobe lá pras alturas. Logo, não dê bobeira.
Madonna não provoca esse frisson à toa. Um dos maiores shows de sua carreira ocorreu nos palcos brasileiros, em 1993, ano em que conseguiu levar 120 mil fãs para o estádio Maracanã. Bem-humorada, sempre se referiu à apresentação como uma das mais importantes da extensa carreira, ao ponto de declarar que, no País, aprendeu a dizer “bunda” em vez de “culito”, expressão da língua espanhola para se referir à parte “alegre” do corpo humano.
Já se transcorreram mais de 40 anos desde que Madonna lançou seu single de estreia, “Everybody”, e o apresentou a um público formado por pessoas conectadas umas às outras pelos fios da loucura química, em casas noturnas como Paradise Garage - inferninho no qual rolavam as melhores festas da noite nova-iorquina. Quando colocara nas lojas os elepês “Boderline”, “Like a Virgin” e “True Blue”, o planeta caiu aos seus pés: “Material Girl”, “Angel”, “Papa Don´t Preach” e “La Isla Bonita” não paravam de tocar nas rádios.
Deve-se esperar, em “The Celebration Tour”, um passeio pela obra de Madonna. Levando em consideração relato do jornalista Kore Grow, repórter da revista “Rolling Stone”, houve 27 canções na apresentação feita em Nova Iorque, no ano passado: “uma raridade para Madonna, já que ela geralmente concentra suas turnês em seu álbum mais recente”. Até “Like a Prayer”, “Open Your Heart”, “Vogue” e “Into the Groove”, músicas evitadas nos shows, marcaram presença no set list. Você deve esperar nada menos que isso, no Brasil.
Dançarinos acompanham a diva vestidos iguais a ela, com sutiã que remete ao universo BDSM. Em seguida, ela pendura nos ombros uma guitarra para interpretar “I Love New York” e, posteriormente, segue com “Burning Up”. Kore reporta que a “orgia” começou com boxe erótico em anéis com faixas de laser, enquanto Madonna cantava “Erotica”, uma canção que estimula desejos orgásticos em qualquer um. Para “Hung Up”, mulheres e homens de topless apareceram e a provocaram. Então, beijou uma mulher - na boca.
Kore, o escritor da “Rolling Stones”, foi preciso: “o Papa João Paulo II, que denunciou a turnê ‘Blond Ambition World Tour de Madonna’ em 1990 como ‘um dos shows mais satânicos da história da humanidade’, não teria aprovado sua interpretação de ‘Like a Prayer’, onde ela se juntou aos pretensos messias e subiu em cima deles até que um músico vestido de Prince tocou um solo de guitarra beatífico”. E ainda houve homenagem ao artista visual Jean-Michel Basquiat, com quem a cantora teve um caso de amor tórrido, nos anos 80.
“Quatro décadas, filhos da puta. Devo dizer que não pensei que conseguiria sobreviver neste verão… mas aqui estou”, falou, em Nova Iorque, no mês de dezembro. Nota-se ainda as preocupações sociais da artista, ao expressar a dor de testemunhar o sofrimento de crianças, adolescentes e idosos, sobretudo aqueles afetados pela AIDS. Seus amigos, inclusive, morreram em decorrência da doença - como Martin Burgoyne, Alvin Ailey e Freddie Mercury.