O delegado Adelson Candeo responsável pelas investigações do caso Pedro Lucas informou que o sangue encontrado na casa da família não é do garoto. Segundo ele, os DNAs colhidos nas amostras não coincidem com nenhum dos moradores da casa ou com o pai biológico do menino.
"De todos os ambientes em que foi aplicado luminol e que foi dado algum resultado positivo, apenas em dois locais foi colhido um DNA coincidente com um DNA humano. Um deles no quarto e outro na cozinha. O do quarto se constatou ser um DNA do tipo feminino e na cozinha do tipo masculino", explicou o delegado.
"Deu negativo em relação ao pai biológico [de Pedro Lucas]. Deu negativo para a Elisângela [mãe], para o padrasto e para os irmãos de Pedro Lucas", completou.
No dia 18 de dezembro, a Polícia Científica fez perícia com reagentes químicos na casa da família. No local, foram encontrados alguns vestígios de sangue.
O padrasto de Pedro Lucas, José Domingos Silva dos Santos é o principal suspeito do crime. O homem foi preso no dia 8 de janeiro. O delegado explicou que o resultado não muda o andamento da investigação.
"Isso [o resultado] não significa que o padrasto não matou a criança. "É muito comum em caso de dissonâncias de forças, quando o acusado é mais forte que a vítima, normalmente o acusado não usa faca, nem arma de fogo", explicou.
"A prisão do padrasto não é com base nesse exame. A prisão dele tem outros fundamentos. É para assegurar a aplicação da lei, porque ele se demonstrou muito nervoso nos últimos dias, falando em sair do estado, se embasa no problema de relacionamento do padrasto com o menino mencionado pela amiga do Pedro Lucas", completou o delegado.
A defesa do padrasto afirmou que ele nega as acusações e que está colaborando com as investigações.