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"Vem Novinha"

Pastor suspeito de crime sexual teria criado cultos temáticos

Advogado de Davi Passamani declarou que ele não decidia sozinho sobre os cultos e que a escolha dos nomes foi feita pelo pastor de jovens, Áthila Moura

Foto: Reprodução/Instagram/davipassamani Foto: Reprodução/Instagram/davipassamani

O pastor Davi Passamani, suspeito de ter cometido crimes sexuais contra fiéis, teria criado cultos temáticos para jovens, como "Open Bar, o Culto", "Vem Novinha", "Tinder, o Culto", entre outros.

"Vem Novinha"

Os cultos faziam parte do movimento Casa Share, da Igreja Casa, em Goiânia. Como justificativa para o evento "Vem Novinha", ocorrido em agosto de 2022, a pastora Giovanna Lovaglio, casada com Passamani na época, afirmou que o culto "é uma oportunidade de tocar em temas que, apesar de muitos religiosos não aceitarem, fazem parte do cotidiano desses jovens e precisam ser encarados".

"Nos valemos da linguagem dos jovens e das tendências que observamos nas redes sociais para tocar nesses temas", disse.

Segundo o portal "Fuxico Gospel", o tema “Vem Novinha” "pega emprestado uma gíria comum entre os jovens para chamar atenção deles e fazê-los refletir sobre valores e princípios cristãos."

Acusações de crimes sexuais

O advogado de Passamani declarou que ele não decidia sozinho sobre os cultos e que a escolha dos nomes foi feita pelo pastor de jovens, Áthila Moura. Áthila, por sua vez, afirmou que todas as decisões da igreja eram orientadas por Passamani, desde a fundação até ele deixar a liderança após acusações de crimes sexuais.

Passamani fundou a Igreja Casa, mas agora é pastor da Igreja US Goiânia. Segundo a assessoria de Giovanna Lovaglio, ela se divorciou e Passamani não tem mais vínculos com a Igreja Casa. Ele é acusado de abuso sexual por três frequentadoras dessa igreja. Os processos estão sob sigilo, e não é a primeira vez que ele enfrenta tais acusações.

Defesa

De acordo com o advogado de defesa, Leandro Silva, Passamani "nunca teve contato físico com nenhuma das mulheres que o acusam". Além disso, o advogado afirma também que embora o pastor tenha deixado a Casa, ele não foi impedido de exercer suas práticas religiosas.

O advogado também esclareceu que a US Goiânia não é uma igreja, mas um grupo que se reúne para cultos.

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