Em pleno mês dedicado à celebração do Orgulho LGBTI+, um médico plantonista do Hospital da Mulher em Feira de Santana na Bahia, sofreu um ato de homofobia por parte de uma paciente que recusou receber atendimento que seria prestado pelo profissional. O fato gerou repercussão nas redes sociais após divulgação de um vídeo publicado por um colega de trabalho do médico que que fora vítima do ato homofóbico.
A vítima prestou queixa diante do triste fato ocorrido, tendo em vista que atualmente no Brasil, graças as decisões da mais alta corte de justiça do país, o Supremo Tribunal Federal, atos de LGBTIfobia são considerados crime, devendo ser enquadrados na tipificação penal da lei de racismo, ou seja, são crimes inafiançáveis e imprescritíveis.
O médico que publicou o vídeo, Dr. Carlos Lino, prestou um ato de solidariedade à vítima, colocando um peruca para realizar o atendimento da paciente. De acordo com Lino, a situação foi deveras constrangedora, ele salienta que além do ato lgbtifóbico, houve desrespeito de um profissional da saúde no exercício de sua profissão.
“Já houve a consulta, definimos conduta. Escutamos e ela escutou a gente. Ela está apta para pedir desculpas ao colega. Pode parecer coisa simples, mas quando uma pessoa tem um comportamento desse, imprime a outras pessoas que ela pode exercer assim. O pior de tudo é o limite do outro. Mas tem outros que matam (...) temos que combater esses atos, com amor e com respeito" afirmou após realizar o atendimento.
A fundação Hospitalar de Feira de Santana, responsável pela gestão do Hospital da Mulher, se posicionou por meio de nota: "O nosso profissional já foi orientado a prestar queixa na ouvidoria da unidade e na delegacia. Homofobia é crime, nós não vamos tolerar nenhum preconceito"