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Golpes virtuais aumentam e especialista alerta para cuidados

No ano passado, foram aplicados mais de 80 mil golpes no Brasil, que é o segundo país com mais crimes digitais no mundo, atrás do México

Foto: Reprodução/Toxicologia Pardini Foto: Reprodução/Toxicologia Pardini

Com a tecnologia cada vez mais presente no cotidiano, é praticamente impossível se imaginar sem sinal ou sem acesso à internet para resolver questões bancárias ou até mesmo comprar online, afinal, o mundo, querendo ou não, passou a ser dependente da tecnologia.

Mas da mesma forma em que a sociedade se adaptou ao novo, os golpistas surfam na onda e praticam golpes por meio da internet para extorquir vítimas, que passam a ter grandes consequências financeiras, além de roubo de identidade e danos emocionais.

Segundo empresas que atuam online, entre janeiro e setembro de 2023 foram aplicados mais de 80 mil golpes virtuais, fazendo do Brasil o segundo país com mais crimes digitais no mundo, atrás do México.

O especialista em Segurança da Informação, Lucieliton Mundim, comenta sobre os golpes mais comuns praticados atualmente, e explica que os estelionatários estão sempre de olho no que é novidade e está em voga na mídia, como novos planos ou benefícios do governo, a fim de confundir a vítima.

Os golpes mais comuns são:

Phishing, onde os estelionatários enviam links maliciosos por e-mail, redes sociais ou aplicativos de mensagem;

Golpes de Suporte Técnico bancário, informando sobre uma compra indevida no cartão de crédito e solicita informações pessoais da vítima;

Golpe da mudança do WhatsApp, onde o estelionatário pesquisa nas redes sociais a foto e os contatos dos contatos da vítima e passa a pedir dinheiro emprestado em nome daquela pessoa;

Golpe dos perfis falsos de restaurantes em redes sociais ofertando jantares e pedindo pix adiantado pela reserva;

Golpe da hospedagem falsa onde o estelionatário sobe sites falsos de pousadas e hotéis e negociam via app de mensagem solicitando a reserva antecipada via pix.

Lucieliton explica que os golpistas costumam visar usuários com pouca informação e empresas imaturas em processos de segurança, e alerta para os sinais de alerta para um golpe.

Erros gramaticais em comunicações, solicitações urgentes de dados e links suspeitos em e-mails e mensagens. Sempre valide qualquer transação financeira com um canal oficial no qual você entra em contato pelos canais oficiais Lucieliton Mundim

"Se for alguém alegando uma mudança de número e logo já falar de dinheiro, tente contato pelo número anterior da pessoa, solicite uma ligação de vídeo ou simplesmente não faça até que a pessoa vá a sua casa", continua.

Para que as empresas possam se proteger de golpes, o especialista orienta que estas devem educar os funcionários.

"Campanhas de phishing controladas são uma boa opção para ter a dimensão do problema é como uma simulação de incêndio, implementar soluções de segurança, estabelecer políticas de segurança e restringir o acesso a dados e sistemas", diz.

Por fim, Lucieliton explica que no Brasil, apesar de "as leis serem muito brandas e que nem sempre são cumpridas, já existe legislação neste sentido, tais como o Marco Civil da Internet, o Código Penal e a LGPD que fornecem bases legais para punir e prevenir crimes cibernéticos".

"Preocupações emergentes como a inteligência artificial tem feito o judiciário e o legislativo se mexerem na modernização e rigidez das penalidades", finaliza.

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