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Fotógrafo e vigilantes são suspeitos por estupro dentro de condomínio em MG

Uma mulher de 31 anos procurou a polícia para denunciar que foi estuprada coletivamente dentro da própria casa em Juiz de Fora (MG).

Imagem ilustrativa da imagem Fotógrafo e vigilantes são suspeitos por estupro dentro de condomínio em MG

Uma mulher de 31 anos procurou a polícia para denunciar que foi estuprada coletivamente dentro da própria casa em Juiz de Fora (MG). Um fotógrafo e quatro vigilantes do condomínio onde ela mora são suspeitos pelo crime.

Vítima contou à polícia que estava em uma festa com duas amigas no último domingo quando o fotógrafo se ofereceu para levá-las para casa. A mulher tinha ido ao local de carro, mas, por ter bebido, preferiu não voltar dirigindo. O fotógrafo, então, levou o veículo dela.

No caminho para casa, a mulher usou o celular para pedir ajuda a um amigo contando que bebeu demais. Ele, então, foi até a residência da vítima, onde a encontrou e auxiliou. O amigo pediu um carro por aplicativo para levar o fotógrafo de volta à festa, e deu carona para uma das mulheres que estavam com ela.

Mulher não ficou sozinha em casa. Uma das amigas que foi à festa com ela, a mãe dela e duas crianças também dormiam no local, conforme a Polícia Militar.

FOTÓGRAFO VOLTOU À CASA E PULOU O MURO

O fotógrafo teria voltado ao condomínio dirigindo o próprio carro pouco tempo depois. Ele vai até a guarita e diz aos vigilantes que vai buscar as amigas na casa da vítima. Os funcionários teriam, então, enviado uma mensagem para a moradora pedindo permissão -mas o recado não foi respondido, segundo o boletim de ocorrência.

O suspeito é liberado, entra no condomínio e vai até a residência da mulher acompanhado de quatro seguranças, que estavam em motos. As imagens das câmeras de segurança, às quais a polícia teve acesso, mostraram o homem pulando o muro da casa. Na sequência, um dos vigilantes pega uma escada de uma construção próxima e também entra. Ele ainda abre o portão para os outros colegas.

A mulher contou à polícia que acordou sendo violentada por ao menos dois homens enquanto outros observavam. Ela teria perdido a consciência em seguida e despertou novamente por volta das 3h.

Homens ficaram quase 2 horas na casa. Ao checar o sistema de monitoramento, a vítima viu vídeos que mostravam a entrada dos suspeitos por volta de 0h30 e saíram após as 2h.

Vítima procurou o hospital. Exames comprovaram o abuso sexual e a unidade de saúde acionou a Polícia Militar.

NINGUÉM FOI PRESO

Caso foi registrado como estupro de vulnerável e é investigado pela Polícia Civil, mas ninguém foi preso até o momento. Suspeitos e testemunhas foram intimados e exames periciais são feitos, informou a Delegacia de Atendimento à Mulher à reportagem.

A reportagem procurou o grupo de segurança responsável pela contratação dos vigilantes e aguarda retorno. O espaço fica aberto para manifestações.

Defesa de fotógrafo diz que ele se apresentou à polícia e vai provar inocência. À reportagem, o advogado Thiago Rodrigues afirmou que entregaram arquivos de mídia à delegada que "comprovam que a relação aconteceu com o consentimento da vítima".

COMO DENUNCIAR VIOLÊNCIA SEXUAL

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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