Goiânia discute estratégias para enfrentar os impactos das mudanças climáticas por meio do projeto Cidades Resilientes, lançado pelo Instituto Iandé Verde, IDESA, Fundação Oswaldo Cruz, Ciamb e a Universidade Federal de Goiás (UFG). Com o apoio da Prefeitura e viabilizado por uma emenda da vereadora Sabrina Garcez, o projeto busca identificar os desafios climáticos para a cidade e propor soluções para torná-la mais resiliente.
O relatório preliminar, que já pode ser acessado online, analisa os impactos das mudanças do clima no Cerrado e as vulnerabilidades ambientais e sociais de Goiânia. O documento destaca, entre outros pontos, os efeitos da seca e da poluição do ar, que afetam principalmente as populações mais vulneráveis em áreas periféricas.
O geógrafo e cientista ambiental Pedro Novaes, coordenador do projeto, afirma: “Não cabe falar em desastres naturais diante desses desafios; os efeitos de eventos climáticos são resultado da soma de riscos naturais, como esses agora trazidos pelo aquecimento global, à vulnerabilidade de determinados grupos sociais e indivíduos, em função de sua exposição a esses riscos gerada por fatores econômicos e sociais. Por isso, os impactos tendem a ser muito mais severos sobre os mais pobres”.
O relatório também propõe medidas, como a criação de um órgão municipal para coordenar as ações climáticas e a elaboração de um plano de mudanças climáticas. O Fórum Goiânia Resiliente, que será realizado nos dias 25 e 26 de novembro, reunirá especialistas e gestores públicos para discutir o relatório e as estratégias de adaptação para a cidade. O evento será aberto ao público e terá como objetivo incentivar ações concretas para enfrentar a crise climática e proteger os direitos dos cidadãos.