Os incêndios florestais em várias partes do Brasil podem estar ligados a uma histórica falta de chuvas – a pior registrada em quatro décadas – que afeta 16 estados e o Distrito Federal.
Os dados da seca são do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), que analisou dados de maio a agosto de todos os estados da federação desde 1981.
Segundo dados preliminares do centro de agosto deste ano, 7 em cada 10 municípios brasileiros são afetados pela seca – fraca, moderada, severa ou severa.
Além do impacto do El Nino do ano passado, as chuvas do modo zonal Atlântico estão sendo interrompidas, o que enfraquece a umidade do vento que vai para o Brasil porque a água do oceano na costa da África é fria.
Parte da explicação para o fenômeno pode estar na falta de chuvas, segundo Ana Paula Cunha, pesquisadora de secas do Cemaden é o record de focos de queimadas.
De acordo com Cunha, se Ignorarmos as atividades criminosas, é comum observarmos um aumento dos incêndios de verão devido ao manejo agrícola.
A falta de chuva descrita no levantamento de Cemaden não se deve apenas ao El Nino que se formou no ano passado e hoje é neutro, mas também ao evento La Niña Atlântico da NOA (Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA), que se caracteriza pelo resfriamento do águas oceânicas. perto da costa da África.
O fenômeno é caracterizado pelo resfriamento das águas do Atlântico tropical leste, na área próxima da costa africana, esses ventos trazem umidade para o Brasil em corredores do nordeste e norte, passando pela Amazônia e passando pelos Andes até o centro-sul do país, carregando umidade e chuva.