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“Precisamos fazer o dever de casa”, diz presidente da Comissão de Mudanças Climáticas diante das queimadas no país

A deputada Socorro Neri pediu, também, políticas que atendam às necessidades de pequenos produtores rurais para um manejo do solo que reduza o risco de queimada

As queimadas que se espalharam por vários estados brasileiros ascenderam, também, o alerta sobre o papel do Estado e da população nesses eventos. Em entrevista à Rádio Câmara, a deputada Socorro Neri, que também é presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, falou sobre a necessidade de investimentos em ações preventivas para combater os incêndios.

A quantidade de focos de incêndio é a maior em 14 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Só no estado de São Paulo, 48 cidades foram colocadas sob alerta máximo durante queimadas intensas em áreas de plantio e vegetação. Após a queima de mais 20 mil hectares, o governo paulista estima um prejuízo de R$1 bilhão.

Os incêndios no sudeste colocam o problema das queimadas sob novo ângulo

Socorro Neri (PP-AC) ressaltou que a Amazônia já enfrenta esses desafios há muito tempo, mas que a emergência climática na região Sudeste pode aumentar a visibilidade do problema.

“Quem sabe, à medida que há uma visibilidade maior, em função de ter atingido também dez estados brasileiros, sobretudo do sudeste, se tem uma atenção maior de quem tem o poder de agir”, disse Neri.

A parlamentar também enfatizou a necessidade urgente de investir em prevenção e fiscalização, além de apoiar pequenos agricultores para que abandonem o uso do fogo na preparação de terras.

“Para continuar sendo o celeiro de alimentos do mundo, é preciso colocar todo mundo no diálogo. Não dá para os grandes produtores de alimentos do nosso país usarem isso como escudo para não discutir mudanças que precisam acontecer no setor”, disse a deputada.

Por fim, a deputada destacou a importância da educação ambiental e alertou sobre os perigos do “negacionismo climático”. Ela enfatizou que os recentes eventos climáticos não devem ser tratados como naturais, e que é crucial debater a questão de forma séria e baseada em dados e evidências no Congresso Nacional, com o apoio da Comissão de Mudanças Climáticas.

"Precisamos fazer o dever de casa. Esse é um tema que requer um debate sério aqui no Congresso Nacional, baseado em dados e evidências."

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