Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Gesiely de Sousa Vieira, 22 anos, alegada pela polícia como cúmplice do homem detido por sequestrar uma menina de 12 anos, no Jardim Ingá (GO), foi detida no início da tarde desta quinta-feira (29/6), na Cidade Ocidental, região próxima a Brasília. A mulher possui perfis nas redes sociais onde se apresenta como blogueira, cristã e influenciadora digital. A suspeita realiza diversas postagens, desde orações e fotos segurando bíblias até imagens provocativas, vestindo roupas íntimas. Recentemente, ela também abriu uma conta em uma plataforma digital especializada em conteúdo para adultos.
Inicialmente, durante uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira, o tenente-coronel da Polícia Militar de Goiás (PMGO), Alessandro Arantes, afirmou que a cúmplice de Daniel Moraes Bittar, de 42 anos, era a mulher que aparece com ele nas redes sociais.
"Coronel, no Instagram dele [Daniel], há algumas imagens dele com uma mulher. Ela é a cúmplice presa hoje?", perguntou um jornalista, antes de mostrar a foto ao militar.
O policial então confirmou: "Tudo indica que é a mesma pessoa, apesar das fotos serem um pouco diferentes, já que geralmente há muitos filtros no Instagram e no Facebook. Mas, até o momento, o que foi apurado é a mesma pessoa", disse o tenente-coronel.
No entanto, posteriormente, confirmou-se que a mulher presa pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) era Gesiely Vieira e não a namorada de Daniel.
A blogueira detida é suspeita de participar ativamente do sequestro da criança, que ocorreu quando a vítima retornava da escola para casa, no Jardim Ingá. Daniel Moraes Bittar, de 42 anos, e Gesiely raptaram a menina por volta das 12h30. Segundo a vítima, a mulher a dopou com clorofórmio. Desacordada, a menina foi colocada em uma mala e levada para o apartamento do criminoso, na 411 Norte.
A mulher foi presa em sua residência, na Cidade Ocidental, pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e levada para a 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), onde está prestando depoimento. Segundo as autoridades goianas, Gesiely e Daniel se conheciam há dois anos.
Embora ainda não tenha concluído seu depoimento, a cúmplice alegou à polícia que teria sido coagida por Daniel a participar do crime. No entanto, os investigadores não acreditam nessa versão, uma vez que, após o sequestro, o analista de TI teria deixado Gesiely na Cidade Ocidental, e ela não procurou a polícia para denunciar o caso.
Além disso, os investigadores encontraram diversos registros de pagamentos e transferências de dinheiro recorrentes de Daniel para Gesiely, o que levantou a suspeita de que ela estaria envolvida em prostituição.
O crime
A menina de 12 anos foi resgatada em um apartamento na região da Asa Norte, na noite de quarta-feira (28/6). A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) relatou que, antes de ser drogada, a criança teria sido ameaçada com uma faca.
A vítima é parente de um policial militar de Goiás. Em um veículo Ford EcoSport preto, Daniel abordou a menina enquanto ela retornava da escola, no Jardim Ingá, uma área em Luziânia (GO), nos arredores do Distrito Federal.
Por volta das 18h de quarta-feira, um tio da vítima que trabalha na PMGO acionou o Serviço de Inteligência da corporação e começou a refazer o trajeto da menina desde que ela saiu da escola. Próximo à residência da família, as equipes policiais encontraram câmeras de segurança que registraram o veículo descrito por testemunhas como usado por Daniel.
Os policiais do 20º Batalhão da PMGO, em Valparaíso (GO), informaram o caso à PMDF, que auxiliou na identificação do endereço dos criminosos por meio da placa do veículo.
No local descoberto, os policiais das duas unidades da federação foram até o apartamento do suspeito, identificado como Daniel Moraes Bittar, que atendeu à porta vestindo apenas cueca. Após ser questionado sobre o carro e a propriedade de uma mochila encontrada em seu veículo, o suspeito admitiu ter sequestrado a menina.
