A morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, no Rio de Janeiro, foi marcada por estratégias dos criminosos para despistar a polícia e dificultar suas identificações. Os suspeitos foram presos na terça-feira, 5.
De acordo com a polícia, os suspeitos são Leandro Machado da Silva, Cezar Daniel Mondêgo de Souza e Eduardo Sobreira Moraes, que teriam clonado placas de veículo, usado carros parecidos e monitorado Rodrigo.
O crime ocorreu em 26 de fevereiro, na calçada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública e Ministério Público, no Centro do Rio de Janeiro. A vítima retornava para o seu escritório e foi atingido por 21 disparos à queima-roupa.
Aluguel de veículo
O V/W Gol branco foi alugado em uma locadora de veículos, que costumava fazer empréstimos e possui envolvimento em casos de corrupção e fraudes em licitações.
Carros parecidos
Dois veículos Gol, parecidos e de modelo branco foram utilizados. Sendo um deles utilizado para a morte de Rodrigo, enquanto que o outro era usado para monitorá-lo. A vítima era seguida pelos suspeitos em um veículo desde a hora em que saía de casa, até o momento em que chegada ao trabalho. Enquanto Rodrigo trabalhava, os suspeitos aguardavam a chegada do outro carro.
Placa clonada
A Polícia Civil apurou que, além de utilizarem veículos iguais, os criminosos também utilizaram uma placa que imita a original. O outro veículo com a mesma placa foi visto circulando em Maricá, Niterói, Saquarema e Itaipaçu.
Número telefônico internacioanl
As investigações apontaram que o policial militar Leandro Machado da Silva usou um número de telefone internacional, no nome de outra pessoa para despistar o rastreamento.
Homens encapuzados
Câmeras de segurança do local onde ocorreu o crime capturaram imagens do criminoso com capuz, que correu em direção a Rodrigo. Até o momento, não se sabe quem matou a vítima.
"São características que revelam uma assinatura de um determinado grupo criminoso que já vem sendo investigado pela DH, cujos crimes apresentam uma alta complexidade de elucidação. É um grupo extremamente perigoso, que cobra valores altos, mas dessa vez vai sair caro para eles, porque não vai sair impunes", disse o delegado Felipe Curi, em entrevista coletiva
Apesar da tentativa de despistar a polícia, os agentes já investigaram os criminosos três dias antes do crime. O caminho de um dos veículos do crimes já havia sido traçado pela Delegacia de Homicídios.
Além disso, a investigação identificou que o PM Machado costumava alugar veículos na locadora na Zona Oeste carioca.