No terceiro dia de apagão em São Paulo, 537 mil imóveis continuam sem luz nesta segunda-feira (14), segundo balanço divulgado pela Enel no início da manhã.
De acordo com a empresa, o serviço foi normalizado para 1,5 milhão de clientes e as equipes em campo receberam reforços do Rio de Janeiro e do Ceará.
Na capital, a falta de energia elétrica afeta 354 mil imóveis. O apagão atinge também municípios como Cotia (36,9 mil), Taboão da Serra (32,7 mil) e São Bernardo do Campo (28,1 mil).
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou que vai intimar a Enel para explicar os problemas. A concessionária, responsável pela distribuição de energia na Grande São Paulo, terá 60 dias para se defender depois que o processo começar.
Depois desse período, poderá ser pedida a caducidade (o rompimento) do contrato com a empresa italiana.
Além disso, a Aneel afirmou que a resposta da Enel ao apagão ficou abaixo do esperado, e a companhia ainda não tem um prazo definido para restabelecer completamente o fornecimento de energia elétrica aos consumidores afetados na cidade de São Paulo e na região metropolitana.
O Procon-SP também anunciou que vai notificar a Enel para explicar a demora para a volta da energia.
A Enel afirma que o temporal registrado na sexta (11), que afetou o sistema de transmissão, vai obrigar a empresa a fazer a "substituição de quilômetros de cabos, postes e outros equipamentos" na rede de baixa tensão, que foi a mais atingida.