Segundo um levantamento feito pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho, cerca de 1.065 imigrantes de outros países foram resgatados nos últimos 12 anos de “empregos” em condições semelhantes à escravidão no Brasil.
Os trabalhadores bolivianos foram os mais resgatados, cerca de 415, o que representa um total de 43,5% de vítimas do tráfico de pessoas para fornecer mão de obra barata. As vítimas têm jornadas de trabalho que chegam a 14 ou 16 horas por dia e são impedidas de deixar o local.
As cansativas jornadas são um dos critérios usados para a caracterização do trabalho análogo à escravidão. Outros são condições degradantes, como falta de água, alimentação ou equipamentos de proteção. Quando há também recolhimento de documentos pessoais e a servidão por dividas.
Caso exista a suspeita de que pessoas estejam sendo exploradas e hajam indícios disso, podem ser procuradas a Polícia Civil ou Militar de sua cidade. Outros órgãos públicos também podem receber a denúncia da situação.