A extensão geográfica do Brasil faz que nossa cultura se diferencie em diversos aspectos e, claro, com a nossa língua não seria diferente. Devido aos vários fatores, a maneira como falamos, bem como o vocabulário pode apresentar mudanças significativas: a isso, dá-se o nome de variações linguísticas.
As variações ou variedades linguísticas são as mudanças que a língua sofre devido a circunstâncias múltiplas, como as localidades geográficas, como já disse, mas também por conta da idade, gênero, nível de escolaridade e tantos outros aspectos sociais e culturais.
Ocorre, no entanto, que por um preciosismo gramatical, isto é, colocar a gramática normativa escrita em um pedestal, endeusamos uma fala (bem como uma escrita) que, na prática do dia a dia, não existe... ao menos como se esperam. Ninguém fala como prevê a gramática e nem deve!
A norma padrão da língua existe para, como o nome já anuncia, padronizar a comunicação, mas não toda ela, como as pessoas promulgam e defendem por aí. A verdade é que esta norma se usa em determinados contextos. Isso mesmo! A padronização da língua existe para a comunicação em contextos específicos.
Evidentemente que é preciso um cuidado com desvios gramaticais, pois, na sociedade em que vivemos, conhecer as normas da língua é essencial, mas, no cotidiano, a língua é viva. Por assim ser, ela se manifesta das diversas formas e todos correm o risco de cometer esses deslizes, não é mesmo?
Então você está dizendo que é “certo” falar “errado”? Se você entendeu isso, releia o texto mais uma vez. A questão aqui é compreender que há contextos de uso da língua e eles podem variar linguisticamente, mas conhecer e dominar a norma padrão também é importante.
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