Definir algo e saber usá-lo não é mesma coisa! É justamente por isso que boa parte da língua portuguesa complica a nossa vida (é o que eu escuto sempre). Por longos anos, aprendemos definições, exemplos e, até mesmo, as diversas exceções que existem em nossa língua. Essa é a metodologia mais comum e tradicional das escolas, cursinhos e faculdades. O que acontece, no entanto, é a falta de maiores explicações desses recursos no nosso cotidiano para aliviar nossa dor linguística.
Embora as aulas sejam repletas de exemplificações, poucas retomam o uso da língua em atividades comum de nossa rotina. Quanto aos adjetivos, a definição da gramática é, mais ou menos, igual em todas: “dar características ou qualidade a um nome”. Imagino que já leu ou ouviu essa definição (ou alguma parecida) em seus livros de gramática, não é mesmo?
Você pode se perguntar agora: mas então ele serve para caracterizar um nome! E eu te pergunto: para que caracterizamos um nome? Pode me responder que é para dar qualidade. Novamente: para que damos qualidade a algo?
A resposta é simples: para dizer o que pensamos sobre algo ou alguém. Isso mesmo! Quando nós qualificamos, isto é, damos características ou qualidade a um nome (substantivo), o que queremos de fato é dizer o que pensamos sobre aquele algo ou alguém. Às vezes, a qualidade é direta, objetiva: “A cadeira é azul.”. O adjetivo “azul” é a característica daquele nome.
Em outros casos, essa qualidade é subjetiva, depende daquele que está falando, pois será uma qualidade que aquela pessoa atribui ao outro: “O menino é estudioso.”. Ser estudioso é uma qualidade subjetiva, que pode não ser de consenso de quem conhece o menino.
Já parou para pensar no uso dos demais recursos gramaticais que você usa? Que tal exercitar sua gramática assim a partir de hoje?