Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Reprodução
A frouxidão vaginal tem sido tema recorrente no meio médico, sobretudo pelo surgimento de novas tecnologias que permitem a melhora do problema sem a realização de cirurgias.
As causas para que ela ocorra são várias. O próprio envelhecimento, levando à perda de colágeno, pode deixar o tecido mucoso que reveste a vagina mais fino e com isso, aumentar o diâmetro vaginal e a sensação de frouxidão. No parto normal, algumas fibras musculares podem se romper durante a passagem da cabeça do bebê pela vagina e também podem trazer frouxidão vaginal. Por isso é tão importante o trabalho dessa musculatura com o fisioterapeuta durante a gestação, para que o fortalecimento da região pélvica propicie que essas fibras estiquem e não se rompam.
Fatores constitucionais e mesmo algumas doenças do colágeno, também podem propiciar frouxidão vaginal.
O impacto da frouxidão vaginal na vida sexual do casal é um fator importante a ser considerado, podendo diminuir a satisfação sexual tanto para homens como mulheres. Vagina mais larga propicia menor atrito com o pênis, diminuindo a sensação de prazer masculina e também feminina.
Os famosos “flatos vaginalis” que são barulhos emitidos durante a relação sexual, como se a vagina estivesse “soltando um pum”, deixam as mulheres extremamente constrangidas e podem ocorrer quando há frouxidão vaginal. É como se vagina e pênis não acoplassem direito, deixando espaço para que o ar se acumule dentro da vagina e seja eliminado na movimentação durante a penetração.
A boa notícia é que, em muitos desses casos o problema pode ser solucionado sem a realização de cirurgias.
Num trabalho realizado por Gaviria e colaboradores em 2016, foi avaliado o uso de um laser de Erbium, o FOTONA SMOTH, num protocolo próprio para tratamento de frouxidão vaginal em 50 pacientes, e observou-se uma melhora importante na satisfação sexual. 84% das pacientes realizariam o tratamento novamente. No protocolo 2 sessões foram suficientes para manter o resultado de melhora da frouxidão por um período de 1 ano, devendo após esse período realizar-se 1 sessão de manutenção. Num outro estudo de Gaviria e colaboradores em 2012, com 21 pacientes, 95% das pacientes tiveram uma melhora significativa da frouxidão vaginal.
Num trabalho realizado por Roy Lauterbach e colaboradores em 2022, com laser de CO2 , com aplicação única, verificou-se melhora da satisfação sexual e aumento no número de relações sexuais por 6 meses, devendo então ser repetida a aplicação do laser.
A aplicação do laser na região íntima pode ser realizada em consultório e o desconforto vai variar a depender do tipo de laser utilizado. O laser de CO2, por ser ablativo, traz um desconforto maior na sua aplicação. O modo SMOTH do laser de Erbium, presente no FOTONA, oferece um menor desconforto para a paciente. Importante lembrar que teremos resultados satisfatórios com os dois.
Uma avaliação cuidadosa com um ginecologista habilitado no uso dessas novas tecnologias é fundamental para uma programação adequada do tratamento da frouxidão vaginal.
Vejo com muito bons olhos essas novidades que têm surgido e são capazes de melhorar a vida sexual. Porém, não podemos nos esquecer que a sexualidade é biopsicossociocultural e vários fatores podem estar envolvidos. Cabe ao profissional de saúde, seja ele médico, psicológo ou fisioterapeuta, avaliar todos esses fatores envolvidos na sexualidade e oferecer ao paciente todos os recursos disponíveis para a melhora da vida sexual, pois afinal merecemos viver com muito PRAZER!!!!
@drajoicelima
