E o pior, afeta todas as áreas da sua vida. Seja nos relacionamentos, no trabalho, na igreja, na criação dos seus filhos.
Há feridas que não são vistas, mas que podem se alojar profundamente em nossa alma e conviver conosco pelo resto das nossas vidas. São as feridas emocionais, as marcas dos problemas vividos na infância e que determinam, muitas vezes, como será nossa qualidade de vida quando adultos.
Uma das feridas emocionais mais profundas é a da rejeição, porque quem sofre com ela se sente rejeitado internamente, interpretando tudo o que acontece ao seu redor através do filtro da sua ferida, se sentindo rejeitado em situações em que, na verdade, não é.
Vejamos com mais detalhes no que consiste esta ferida.
Origem da ferida emocional da rejeição:
Rejeitar significa resistir, desprezar ou recusar, o que podemos traduzir em “não amar” algo ou alguém. Essa ferida nasce da rejeição dos pais para com seus filhos ou, às vezes, por se sentirem rejeitados por seus progenitores, mas sem realmente haver intenção por parte deles.
O que poucos sabem, é que a SUPERPROTEÇÃO, que é uma das práticas educativas, também tras sentimentos de rejeição, pois a criança pensa que é rejeitada por não ser aceita como é. A mensagem que chega a ela é de que suas capacidades não são válidas e por isso ela precisa ser protegida. (Muito comum em pais ausentes pelo trabalho, ou separados, pra recompensar, superprotegem a criança).
Parte da nossa personalidade é formada a partir das feridas emocionais sofridas na infância. Por essa razão, a pessoa que sofre da ferida da rejeição se caracteriza por se desvalorizar e buscar a perfeição a todo custo. Esta situação vai levar a pessoa a uma busca constante de reconhecimento pelos outros, em todas as áreas da sua vida, desejo que vai demorar a ser saciado, a não ser que busque ajuda de um profissional especializado para trabalhar seu autoconhecimento.
Os sintomas da rejeição podem incluir:
Tristeza profunda
Ansiedade
Autocrítica
Medo
Dúvidas
Sentimento de dor
Destruição da autoestima
A rejeição pode ser dolorosa, mas pode ser uma oportunidade para aprender e melhorar. É possível encontrar lições nas situações de rejeição e não deixar que elas paralisem de medo ou frustração.
A rejeição social pode ativar as mesmas áreas do cérebro que reagem a experiências dolorosas. O complexo de rejeição pode ter diversas causas, mas geralmente estão relacionadas a experiências prévias de desamparo na infância.