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CAFÉ COM O PSICANALISTA

Redes sociais e saúde mental

Como a síndrome FOMO tem alcançado tantas pessoas em nossa realidade, e como ser diagnosticada

Redes sociais e saúde mental Redes sociais e saúde mental

As redes sociais se tornaram uma parte essencial da vida moderna, conectando pessoas em todo o mundo. No entanto, essa conectividade constante também tem seu lado negativo: a ansiedade. Vamos explorar como as redes sociais podem afetar nossa saúde mental.

Este é um tema muito recorrente e presente em todos os indivíduos, independente da idade e ocupação.

Nas redes sociais, onde estamos constantemente expostos às vidas aparentemente perfeitas de outras pessoas e isso nos leva a comparar nossas próprias vidas com as imagens idealizadas que vemos online. A sensação de inadequação e a pressão para alcançar padrões inatingíveis podem gerar ansiedade.

Seja pela moda, lugares frequentados, companhias ou até mesmo escolhas mais profundas como relacionamentos, profissão ou estilo de vida são colocados em cheque na comparação e busca pela felicidade e perfeição.

Surgiu nos Estados Unidos graças à varias pesquisas e constatações a sigla: FOMO (sigla para “Fear of Missing Out”, que em tradução livre significa “medo de ficar de fora”) é uma síndrome caracterizada pelo medo de perder algo, ou seja as pessoas que sofrem com a FOMO sentem ansiedade e necessidade de acompanhar tudo e todos. Onde o ficar de fora poderá gerar na percepção deles exclusão e um complexo de inferioridade em relação ao todo que estão hiper conectadas.

Alguns dos sintomas do FOMO são: dedicar muito tempo às redes sociais, atualizando constantemente o feed de notícias (e neste quesito o Brasil ocupa um dos rankings de maior tempo de tela no mundo); aceitar propostas para todas as festas e eventos, por medo de perder algo ou se sentir excluído; usar o smartphone o tempo todo, mesmo durante refeições, trabalho ou enquanto dirige; não viver o momento, preocupando-se constantemente com fotografias para postar nas redes sociais; esperar ansiosamente por novas notificações no celular; e acima de tudo perceber-se mal humorado com a realidade e viver em busca do ideal e o que fora apresentado.

Como você está nestes quesitos? Se percebe dependente dos aparelhos ou os tem como apenas aliados?

A ansiedade gerada pela angústia de estar fora, de não corresponder à um ideal, de uma linda viagem, da festa badalada, do corpo perfeito ou do relacionamento ideal é percebido nos altíssimos números de pessoas ansiosas no Brasil. Somos o pais mais ansioso do mundo, de acordo com varias pesquisas.

Contudo, há paradoxalmente um isolamento social, onde fico hiper conectado mas isolado das relações e realidade. Onde o mundo online ocupa maior tempo do meu dia, em relação à realidade.

É urgente a tentativa de equilibrar o uso dessas plataformas com momentos offline, cuidar de nossa saúde emocional e lembrar que a vida real nem sempre é tão perfeita quanto parece online. E pedir ajuda, caso necessário. Viver um processo de reencontro consigo mesmo, além do mundo das telas. Se permita viver estes momentos.

E como você tem buscado este equilíbrio e redescoberta de si? Conte aqui, ou nas minhas redes. @eliassilva.psi

E seja bem vindo ao próximo café!

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